Artimanhas do Ego

Finge que é vítima, ou que é humilde, generoso, especial, grande...

E ainda dá um jeitinho de infiltrar a culpa no Eu

no momento que a essência descobre a farsa e enxerga:

-Não! Essa máscara não sou EU!

Ao reconhecer-se flagrado, pergunta ao Eu:

-E se na verdade, eu fingir tão bem...

só pra te enganar, pois na verdade sou tudo isso?

Hein, hein, hein...?

E arremata: Já não dizia o Pessoa que:

O poeta é um fingidor, finge tão completamente,

que chega a fingir que é dor, a dor que deverás sente”?

Viu? eu e o Pessoa ó! Iguarzinhus...