A TAPEAÇÃO AO CAIPIRA
A TAPEAÇÃO AO CAIPIRA
Um sujeito dandi viajava num belo cavalo... já era quase noite quando resolveu pedir um abrigo numa casa. Bateu à porta de onde saiu uma bela mulher, mal trajada, mas muito bonita. Ele se apaixonou por ela e foi logo partindo para cima. Ela se defendeu:
- Não dá! Meu marido está para chegar.
Ele teve uma idéia:
- Se você topar, quando seu marido chegar você fala que está com dor de dente, e deixa que o resto comigo.
Quando o marido chega, ela começa a gritar:
- Ai, ai, que dor de dente, aí que dor insuportável.
O marido, todo preocupado, ficou sem saber o que fazer, quando chega o viajante em seu belo cavalo. Bateu palma e o marido saiu para atendê-lo. O viajante diz:
- Boa noite meu amigo, tudo bem?
- Não, está tudo péssimo! Minha mulher está com uma terrível dor de dente e tenho que ir a cidade e não tenho nem uma bicicleta.
O bonitão se prontifica:
- Por isso não, vá no meu cavalo!
Sabendo que o marido da mulher era analfabeto ele disse:
- Vou dar o nome de um remédio que é muito bom. Escreveu um suposto nome de remédio e disse:
- Entregue para o farmacêutico que ele te atenderá.
O caboclo chega à farmácia e fala que sua mulher está com dor de dente, entrega o papel e diz:
- Eu quero este remédio.
No papel estava escrito:
"Caro amigo da cidade, embora nem sei quem é, segure este corno aí enquanto eu fodo a mulher dele".
O farmacêutico, quando lê o papel já entende tudo e diz:
- Vou mandar preparar este remédio.
Deu um tempo legal, misturou água com açúcar, colocou num frasco e deu para o marido corno:
- Este é o remédio que o senhor pediu. Por favor, entregue este papel a mesma pessoa que o mandou.
E nele estava escrito:
"Caro amigo da roça, que seja um bom freguês, se não fodeu do seu gosto, mande este corno outra vez".