NA AULA DE BIOPSICOLOGIA
Na faculdade, a Professora disserta sobre conceitos esotéricos de alma e céu (além do da boca) e as diferenças de expressão de sentimentos entre o homem e a mulher.
- “Alguém pode-me dizer qual a entrada da ALMA?”
Uma aluna teoriza: - “ Se os olhos são o espelho da alma, então a entrada é pelo olhar.”
Outra acrescenta: - “Sendo assim poderá ser através do sorriso porque este faz brilhar os olhos.”
- “Muito bem”…(diz a Professora)…”mais reflexões”…
Alguém adianta ainda que seria através do sofrimento que a “porta” da alma se abre, daí a pessoa ficar vulnerável…et cetera e tal…
…e as contribuições vão prosseguindo…
De súbito, do fundo da sala uma voz masculina diz:
- “A entrada da Alma está na perseguida!”
Com algum rubor a Professora mantém a compostura, e contesta:
- “Como tem tanta certeza?”
- “Porque é lá, que se manifestam as sublimes expressões, de sentimentos gemebundos, na passagem adulta para outra dimensão esotérica.”
…Faz-se um silêncio sepulcral de estupefação… (numa turma maioritariamente feminina) … e o aluno continua:
- “Isso é válido pro homem e pra mulher. Só que tem um detalhe; o homem como é um trapalhado entra a correr para chegar depressa ao céu… A mulher, coitada, sofre, demora mais a atingir a outra dimensão… Tem de fechar antes a porta da sua alma, que o homem se esqueceu de fechar direito ao entrar!”
(É...Professora sofre!)