Espelho, espelho meu...

Sai toda lindinha para compras. Isto é o que eu estava pensando.
Me achando...Como diz minha neta. Fui comprar óculos de sol. Cheguei à ótica  cheia de razão. Como toda boa vendedora a mocinha deu um sorriso enorme e me atendeu com muita gentileza. Como num passe de mágica apareceu com tantos óculos que só serviu para me confundir mais. Mas o pior estava por vir. Sentei diante de um espelho enorme e me vi diante da lindinha que tinha saído de casa cheia de razão. Amaldiçoei o fabricante de espelhos. Não é possível que os espelhos tenham este efeito sobre o ser humano. Meu espelho, um que fica no meu banheiro me deixa linda (um pouco de exagero) adoro ele. Mas francamente tem uns espelhos que é para acabar com qualquer vaidade feminina. Este da ótica era um. Olhei... Não acreditei. Olhei de novo... Era eu mesmo. O que tinha acontecido entre um espaço tão pequeno de minha casa a ótica? Daí, resolvi não dar à mínima enquanto provava os óculos. Foi um martírio. Mas me fez pensar sobre o assunto. Porque uns espelhos são mágicos o suficiente para nos fazer sentir lindas, e outros bruxos o suficiente para nos tirar toda vaidade. Alguém deve lembrar-se daqueles circos antigos que tinham a sala dos espelhos. A gente ia para rir. Entortava a imagem de uma maneira esquisita e engraçada. Mas... Aquilo era proposital. Eu acho que deveria ser feito um estudo sério a este respeito. Onde colocar os espelhos? Ahahahahah.. Porque tenho cá comigo que é o lugar que estão posicionados. Pensem bem. Na mesma casa pode ter dez espelhos. Mas sempre tem um que é o predileto. Todo mundo gosta de se ver nele. Em casa é o do banheiro. Não olho para outro de jeito nenhum de manhã. O motivo é óbvio.
Espelho, espelho meu existe algo mais complicado que cabeça de mulher?



Edamaria
Enviado por Edamaria em 09/03/2012
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