PARA OS MEUS AMIGOS “StandUpeiros”
Paira sobre essa classe, que vive de fazer graça com criatividade, um receio de ofensa no ar, pois sobre as cabeças de seus "membros" flutua uma guilhotina preconceituosa.
Observo que as palavras são milimetricamente medidas, os olhares desconfiados e as expressões mais contundentes, sempre são dirigidas para si; às vezes, apelam para a boníssima mãe e até para a compreensiva companheira. Nem da sogra (se for viva) se arriscam soltar uma satirazinha.
Um escracha o gordinho, mas o gordinho é ele, outro humilha o cabeçudo, mas a “cabeça grande” é dele. O magricela desajeitado então... coitado!... Tentou até o suicídio, mas era tão leve que ficou igual a uma pipa presa no galho da árvore.
Outro esculacha o baixinho, mas o baixinho é ele saltando para se ver no espelho... do guarda-roupa... Cor então...! Nem se fala...! Cabelo ruim, nariz grande, raquitismo, hálito podre, careca, feiura, pobreza, tudo é defeito do próprio “standupeiro”.
Essas criaturas carregam nas costas todos os defeitos e desvirtudes possíveis e impossíveis, sorridentes, com muita satisfação, porque jamais poderão dirigir uma palavra irônica para a sua vizinha, ou para o seu amigo de infância... pois correm sério risco de serem agraciados com um processo... Coitado do Costinha, se nascesse hoje, morreria de fome.
Precisamos acabar com esse preconceito de ter preconceito... parece que agora tudo que se diz é ofensivo... que tem uma pessoa (preconceituosa) de sentinela, que fica anotando tudo, só para ver se consegue detectar alguma conotação ou insinuação malévola que possa ser retirada das entrelinhas para abrir um processo e pedir, além das desculpas, uma gorda indenização por danos... (é imoral)... e sair com a alma lavada, a honra defendida, com a mesma cara de pau dos sem-vergonha, mas com o bolso recheado de dinheiro - vindo do próprio preconceito - que a meu ver - é o escudo dos fracos, dos sem-inteligência, daqueles que não conseguem se impor através de sua personalidade, de seu caráter... de sua conduta social.
Quero aqui abrir dois parênteses (( ... já abri, obrigado - mas não vou fechá-los – o primeiro “(“ é para parabenizar as loiras (as legítimas)... Porque ao contrário do que ironizam nas piadas, elas se mantêm altivas e humoradas - aliás, creio que elas foram "usadas" para substituírem uma nacionalidade que já se mostrava desgastada, ou é criação de alguma morena invejosa - mas quero parabenizar as loiras, pois, pelo que me consta, não criaram nenhuma associação para defender a linda classe, digo mais: de muita classe. O segundo “(“ é para o Gigante Leo – pois além de usufruir de uma paisagem privilegiada, possui também uma mente de gigante, embora ele meça, por fora, sem sacanagem, 69 centímetros, tenho certeza que, por dentro, o cara tem mais de dois metros e dez de inteligência.
No mais, é bom que todo texto que se propõe a fazer rir... seja assim recebido e entendido... Não creio que alguém “ficaria feliz” por ser o culpado de acabar com o sorriso no mundo. E por favor, quando não entenderem uma "anedota", juntem-se às loiras. É hora de colocarmos o bom humor em primeiro lugar, e não o preconceito.
Lembrem-se: em casa de humorista, o espeto... “é uma piada”...!
ET: Aproveitando que hoje é o Dia Internacional da Mulher, digo aqui que: em todos os dias devemos comemorar sim, sem hipocrisia, o Dia do Ser Humano... e abandonar essa divisão classista, pois, independente de ser índio, criança, adolescente, estudante, mulher, homem, idoso, pai, mãe, deficiente, eficiente, negro, branco, amarelo, azul, verde, maduro, bicolor, tricolor, multicolorido ou daltônico – o respeito, a não violência, a convivência social precisa ser equitativa.
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