A CUECA NA LITERATURA
A CUECA NA LITERATURA
Se eles vivessem hoje, certamente diriam...
Machado de Assis:
“Foi petista por 25 anos anos e 100 mil dólares na cueca”.
Dalton Trevisan:
“PT. Cem mil. Cueca. Acabou”.
Concretistas:
“PT cueca ou PT eca peteca te peca cloaca”.
Graciliano:
“Parecia padecer de um desconforto moral. Eram os dólares a lhe pressionar os testículos”.
Rimbaud:
“Prendi os dólares na cueca, e vinte e cinco anos de rutilantes empulhações cegaram-me os olhos, mas não o raio X”.
Álvaro de Campos:
“Os dólares estão em mim/ já não me sou/ mesmo sendo o que estava destinado a ser/ nunca fui senão isto: um estelionato moral/ na cueca das idéias vãs”.
Drummond:
“Tinha um raio X no meio do caminho”.
TS Eliot:
“Que dólares são estes que se agarram a esta imundície pelancosa?/ Filhos da mãe! Não podem dizer! Nem mesmo estimam/ O mal porque conhecem não mais do que um tanto de idéias fraturadas, batidas pelo tempo/ E as verdades mortas já não mais os abrigam nem consolam”.
Lispector:
“Guardei os dólares na cueca e senti o prazer terrível da traição. Não a traição aos meus pares, que estávamos juntos, mas a séculos de uma crença que eu sempre soube estúpida, embora apaixonante. Sentia-me ao mesmo tempo santo e vagabundo, mártir de uma causa e seu mais sujo servidor, nota a nota”.
Lênin:
“Não escondemos dólares na cueca, antes afrontamos os fariseus da social-democracia. Recorrer aos métodos que a hipocrisia burguesa criminaliza não é, pois, crime, mas ato de resistência e fratura revolucionária. Não há bandidos quando é a ordem burguesa que está sendo derribada. Robespierre não cortava cabeças, mas irrigava futuros com o sangue da reação. Assim faremos nós: o dólar na cueca é uma arma que temos contra os inimigos do povo. Não usá-la é fazer o jogo dos que querem deter a revolução. Usá-la é dever indeclinável de todo revolucionário”.
Stálin:
“Guarda e passa fogo na cambada!”.
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