QUE VELHA FOFOQUEIRA

Que velha fofoqueira!

Dona Severina, aquela mulher que não se contentava com as noticias passadas daquele lugarejo, Seu desejo de saber as novidades do dia davam-lhe maior prazer de viver, e com ela nada era sigiloso, talvez até relutasse contra a vontade de falar, mas a língua da danada coçava e no final ela tinha que dar seu pitaco.

Quanta malicia tinha a véia! Seu jeito malicioso e maldoso enchia o coração das outras pessoas de raiva e medo de fazer algo errado e ser visto pela fofoqueira ...coitado daquele que errasse o alvo! os olhos da mulher tava por todo lado, nada escapava da língua ferina. Até sua própria filha era motivo de escarnio pra toda gente, afinal a veia cuspia até no prato que comia. Dizia ela que sua filha sovinava comida, prendia ela no quarto quando ela não queria banhar, e muito mais a velha mentia e nunca se satisfazia com as novidades que pra ela eram poucas.

Um belo dia dona Severina, estava toda enfeitada para ver seu grande amor, isso ela sabia manejar, sem botar defeito no seu príncipe encantado que parecia mais um sapo quando é pra desencantar.A mulher muito faceira pediu que ele a levasse para um passeio, porque quem sabe, ele talvez visse algo que lhe chamasse atenção e para melhor se certificar teria o seu amado ao seu lado caso fizesse confusão. Mas o senhor ainda lúcido, certo das bobagens que sua amada vinha fazendo, achou por bem lhe enganar, talvez com uma traição, pois tinha outras pretensões, apesar de gostar dela, mas não achava certo o que ela fazia com as pessoas. Beijou uma outra mulher e disse que com ela iria casar, depositou todo seu amor e com a outra iria morar. Sabendo dessa traição a Severina fingiu dizendo que iria se matar, seu amor por ele não era tanto e resolveu tramar uma situação. O homem ficou aperreado mas nem por isso voltou atrás, abandonou a Severina, arrumou as maletas e partiu para bem longe com a outra a tiracolo. Foi uma decepção, dona Severina estava sendo almejada por todos daquele lugar. Todos comentavam o que tinha acontecido, e isso serviu de piada para toda população. Enquanto a Severina cuidava da vida dos outros a outra cuidava do seu amado corujão. A veia foi abandonada e todos riam quando o caso aconteceu. Dona Severina ficou doente e quase no final do dia a veia pereceu. Viu no que deu?

ARTESGS
Enviado por ARTESGS em 26/01/2012
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