CARTA AO AMIGO GUSTAVO (que ainda não voltou do Canadá...)

Prezado amigo Gustavo:

Antes colocarei teu caloroso "comentário- missivo" para que todos entendam a minha carta-resposta que segue, mas por favor, não descongeles depois de teres sentido tanto calor:

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25/01/2012 03:49 - Gustavo [não autenticado*]

Como ninguém ler isso aqui, só eu q por acaso, pesquisando outra coisa... enfim... estou comentando só pra não te deixar tão frustrada! Dizer que Eva Wilva é dispensável, criticar a atuação de Renata Sorah e Júlia Lemertz, é no mínimo ridículo, mas é típico de gente que se acha inteligente e fica a vida toda apenas no "achismo", mas até aí tudo bem, ilusão não mata, já a inveja... Tenho minhas dúvidas; eu sei que é difícil para mulheres recalcadas suportar o talento e a beleza da atriz Christiane Torloni, mas daí dizer que ela é representante das idosas socialites, foi muito mico, você deixou transparecer demais... ainda mais se olharem pra sua foto aí em baixo e verem que você tem três anos a menos que a Christiane e mais parece a mãe dela. Vai ficar ainda mais chato pra você.

Para o texto: UM MICO DE "FINA ESTAMPA" (T3390547)

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Então, continuando...

Prezado amigo,

Escrevo-te esta "missiva", algo um tanto formal, já preocupada com a possibilidade de teus neurônios hibernados pelas "neves eternas" não conseguirem me entender na íntegra do meu constante, mas nunca hibernante!- "achismo", afinal, sei que já faz algum tempo que o amigo reside em terras canadenses e , pelo que percebi, delas sempre tenta voltar...ainda que hibernado.

Fiquei extremamente feliz em, durante o silêncio desta última madrugada de feriado paulistano, poder abrir meus comentários do Recanto da Letras logo pela manhã e neles, mesmo não autenticadamente, ali te encontrar navegando em tão "oculta e fina estampa".

Meu detalhe descritivo se deve ao fato de que sou ligadíssima numa autenticidade. Vivo mostrando a cara, mas já minha estampa tão recalcada...deixei transparecer "demais"...tomarei mais cuidado.

De fato, quero lhe falar de mim, num clima nada hibernante, aliás, tropicalíssimo de imensa saudade.

Como tão bem pode perceber no meu texto "UM MICO DE FINA ESTAMPA" tento me livrar, há anos, desta minha inteligência que me intriga e me persegue mas... a minha inveja daí de cima realmente me mata, porque por aqui, bem do lado debaixo do SURREAL GLOBAL SULAMERICANO, logo aqui EMBAIXO, não EM BAIXO como na sua missiva escreveste, o buraco é sempre mais...em baixo mesmo.

É duma baixaria constante e progressiva. É por isso que o invejo sempre.

Mas por aqui ainda dizem que chique é ser inteligente e acreditas que ainda acredito neste mico? Isso eu não acho, mas acredito.

É por isso que vivo achando que me espelhar n'alguns personagens novelísticos talvez me coloquem algo, digamos...para cima! Up!

E por falar em "para cima" este movimento é o mais difícil de se realizar por aqui...na turma da senil idade. Para não dizer senilidade, acho esse termo meio bulliyng.

De fato o tempo passa e sempre urge por maquiagens porque tudo acaba caindo...uhu, e cai para sempre.

Mesmo que a gente disfarce globalmente...inclusive a sociedade despencadamente aparece...sempre cada vez mais botocada, mas empinada.

Saibas amigo Gustavo, foram muitos os botoxs e os silicones que já tentei por tantas vezes nestes meus cinquentinha e um!...mas nada me tranforma em fina estampa, mesmo com todas as boas ideias.

Ai, que ódio!

Eu não me refiro apenas ao personagem de Cristiane Torloni, a Tereza Cristina, de quem (mas muito cá entre nós) tento copiar tudinho mas nunca consigo. Tento ser louramente interessante, botocadamente maquiavélica, fiz alongamento nas minhas madeixas, até troquei meu silicone francês na rede gratuita do SUS, e nada!

Continuo a ser uma brega Griselda que só acha, e se acha! Ó, que vida...essa minha de achar...

Portanto tu me ajudaste demais! Tu me achares com a "cara' da mãe da Tereza Cristina já foi a glória para mim! Ui!

A genética não mente nunca...uma hora aparece entre as "letras" ainda que entre os botox, mesmo na senilidade da qual já faço parte, ó, esse tempo!

Obrigada por me alertar. Eu não quero pagar mico por aí...e não se preocupe não, não ficará chato para mim tentar melhorar algo para nunca mais achar mais nada.

Afinal, cá "em baixo" desta América sempre muito de longe de ser algo de "fina estampa" já é de bom tamanho nos alimentarmos da migalhas globais finamente estampadas e congeladas que caem aí de cima pela rede internacional...para o povo cá de bem em baixo, ainda que sejam só aparências...é providencial parar de achar e hibernar!

Mas amigo Gustavo, obrigada por me leres, e ainda bem que tem gente como tu, tu que és o meu público hibernante!

Cheguei a pensar que tu és alguém "globalmente bem ligado" no meu achismo inofensivo de sempre e que ninguém lê, e até tentando me defendê!

Saibas, mesmo recalcadamente eu " continuo achando" que faço rimas...me entendeste a mim? Ou está bregamente difícil tu ligares teus neurônios congelados?

E o que são duzentas e cinquenta e duas mil leituras comparadas à audiência Nacional e Global? Nada! Eu acho irrisóriamente nada.Isso eu posso achar!

Acho também que tens saudades de mim e daqui de baixo eu continuo achando que tens uma super vontade de n'algum dia também voltar do Canadá.

Por falar nisso, e sua irmã Luisa, voltou por quê?

Quem sabe depois desta minha calorosa missiva tu consigas me entender...e um dia voltar. Eu acho que sim.

Saibas que você é bem mais fina estampa do que eu, afinal, eu sequer consegui chegar ao Canadá! Viste?

Termino esta a te prometer que depois de voltar...daqui mesmo, das supimpas festividades ciclísticas do aniversário de Sampa, vou dar um "up grade" na minha estampa nada fina. Uffa! Prometo trocar a foto.

Se um dia eu parecer apenas a vó da Teresa de Cristiane, ah... terei realizado o meu maior sonho irrealizável de consumo globalmente botocado.

Prometo-te impecavelmente daqui para frente "achar menos e emburrecer mais". Sempre com a sua ajuda amigável, obviamente.

Se um dia voltares do Canadá perceberás que eu até poderei não mais achar, mas não poderei me calar, jamais.

Da amiga que ainda te acha o máximo hibernante de sempre,

A tua idolatrada

Plimplim!

Já me achando frustradamente... uma fina estampa, mais para estilo Pereirão.