AOS CRÍTICOS
Um soneto, por audácia, irei compor
Com migalhas, que me sobram, de tua mesa
Se faltar alguma coisa, por fineza
Não se irrite, nem sorria, por favor!
Mendigando, o que em talento, sobra a tantos
Lá vou eu, na ilusão, riscar bobagem...
Talvez não! Maduro o trigo da estiagem,
No deleite, deste feito, eu ganhe encantos.
Caso falte algum acento, me corrija...
Não se acanhe em condenar meu Português.
Se berrante a minha falha, eu passo a vez!
Mas se acaso, algum descaso, ao que eu redija
Com certeza, outra loucura me agite,
Vou de novo, implorar, por seu palpite!