Lá em casa,
tem um bichinho danado,
um papagaio safado,
que não para de falar.
O papagaio malvado,
prontou uma tremenda confusão,
chamou minha sogra de sogro,
e meu sogro de Ricardão.
Minha sogra enfureceu
e quis dar uma explicação.
O papagaio abelhudo,
deixou todo mundo mudo,
com o queixo caído no chão.
Agora estou entendendo,
essa grande confusão,
o cornudo é o marido,
da sogra do meu patrão.

Outro dia lá em casa,
fiiquei com cara de idiota,
o papagaio matraca,
chamou de Dona Carlota,
a sogra do meu irmão,
ela muito delicada,
falou descontrolada,
meu nome é Conceição.
O papagaio falante,
com ton de desinibido,
peço desculpas senhora,
pela grande confusão,
Dona Carlota é o nome,
da amante de seu marido.

O danado do bichinho,
só pronta estripulias,
chamou de gay,
o marido de minha tia.
Quando ela retrucou,
veio logo o seu troco,
fique na sua queridinha,
senão conto a todo mundo,
daquele dia,
que você e e o motorista,
estavam sem roupa,
atrás do armario da cozinha.

Não sei mais o que faço,
prá livrar do papagaio,
ele ouviu meu desabafo,
aqui eu fico, daqui não saio.
Se voccê brigar comigo,
pode- se dar muito mal,
conto prá minha dona,
que você e a gostosona,
vivem se agarrando,
lá no fundo do quintal.

Depois dessa ameaça,
desisti de minha idéia,
deixei o bichinho em paz.
Ainda como recompensa,
dei-lhe um pote de geléia.
Ele me olhou folgazão,
como se falasse a uma platéia,
é isso aí patrão,
nada como ser amigo,
de um louro gostosão.

Autor-armando Lemes-setembro de 1999.