O fabuloso Nabokov
O fabuloso Nabokov
Anos 60, casal jovem, recém casado, foi para a Holanda, Amsterdam. Delícia de lua de mel, embora o frio colaborasse mais para o sexo-maconha-rock and roll. Uma noite foram ao bairro do sexo: Red light e avistaram uma fila enorme para o espetáculo “O fabuloso Nabokov”. A curiosidade bate forte e se viram sentados de frente para uma enorme cortina vermelha que abriu ao rufar dos tambores. Sentado, em posição de Yoga e nosso herói era um magro (porém atlético e bem definido) homem com seus 30 anos aproximadamente. A luz aumentava e uma música suave e envolvente aquecia o palco com um robusto membro sexual do ator principal, até que o “elemento se mostrava duro e na vertical” para um concentrado público. Luzes, ação! 10 lindas loiras se portavam, cada qual em uma posição diferente e atrativa para que Nabokov “passasse a vara” nas mesmas! Elas urravam de prazer e Nabokov, concentradíssimo, as agradavam, sexo puro, lindo e de qualidade para uma meia hora de performance. Show! Palmas, muita palmas, apagam-se as luzes e, após breve intervalo, volta o nosso herói novamente: mesma posição, concentração e o pau ficando duro, duríssimo, tal qual adolescente se masturbando, porém o nosso herói não o tocava. A serpente, como uma ninja, já estava de pé, perigosa... Um anão vinha com um banquinho pequeno e 10 nozes. As luzes focavam para o pênis duro que Nabokov manobrava como um chicote. Dez porradas na madeira e 10 nozes devidamente quebradas! Espanto, urros de bravo, palmas e mais palmas, esse era o fabuloso Nabokov, duvidas?
Ano de 2010, casal festejando bodas de ouro! Que tal voltarmos ao local de nossas noites sem fim de sexo e alegrias? Amsterdam, delícia! Seguem felizes. O passeio foi mais simbólico do que sensual, muitos museus, uma passadinha em Paris antes, etc... Lá, a mulher lembrou “Será que o Nabokov ainda existe?” Aquilo mexeu com a curiosidade dos velhinhos que, após um bom vinho, seguiram rumo ao Red light. Mesma rua, mesma fila enorme e o mesmíssimo dizer em luzes de neon “O fabuloso Nabokov”. Amigos, para não esticar muito essa estória, vamos pular direto para o quadro final, aonde o nosso herói já tinha “faturado” as loiras e esperava o anão (agora calvo) e o mesmo tamborete de madeira. Nabokov firme, pau duro na mão, pronto para o ataque! Um coco amigos! Um enorme coco é posto sobre o banquinho e devidamente rompido com uma única cacetada! Palmas, urros de delírio, bravo!!!! Bravíssimo !!! Isto tudo para o nosso herói de cabelos brancos: O fabuloso Nabokov!
Nosso casal foi cumprimentá-los, é claro! Afinal, 50 anos depois, o mesmo sucesso, a mesma eficiência sexual! Incrível! Fantástico!
A mulher teceu elogios e o marido tentou perguntar qual o segredo da virilidade daquele homem magro e com excelente aspecto para uma idade já avançada... Como pode... E a pergunta veio forte e direta: “porque o senhor não quebra mais as nozes, porque o coco????”
Nabokov foi tranqüilo e direto: “Com a idade a vista fica cansada...”
Fecham-se as cortinas, obrigado pela atenção!