Causo do "Zé do tio Euclides".

Desta vez vou contar uma de tantas estórias do "Zé do tio Euclides", pessoa, como se diz em Minas, muito sistemática,mas com jeito ingênuo nos fazia dar boas gargalhadas.

Confesso que em algumas festas, brincavam de dizer que haviam dois poetas na família, eu, e claro "o Zé do tio Euclides" que acabava recitando quando solicitado suas trovas tão comuns como rimar amor com calor,coração e ilusão e assim por diante.

Imaginem quantos "micos" eu pagava nestes encontros.

Hoje vou contar uma do "primo poeta", quando um dia ao terminar de almoçar, sabendo da modo simples do "Zé " , ao verem que o mesmo arrumava para levar o jantar para o serviço, pois trabalhava naquela época de vigia em um edifício em Juiz de Fora, um dos primos, sugeriu:

-Zé, ao invés de levar, porque você não poupa trabalho e não janta agora de uma vez?

Zé arregalou os olhos, pensou um pouquinho após alguns instantes, como que concordando, e disse:

-Quer saber que é mesmo sô!

E acreditem, mal acabara de almoçar, serviu novamente seu prato e, humildemente se pôs a jantar...