Sexta-Feira 13
Zé Gogó pulou da cama,
Com o pé esquerdo no chão,
Pisou na casca de banana,
Levou um escorregão.
Bateu a cabeça na cadeira,
Para farmácia foi depressa,
Ofegante, subiu a ladeira
Sob chuva e muita pressa.
A farmácia estava fechada
O dono saiu para ceiar,
Tinha um aviso na fachada:
"Volto depois que almoçar"
Zé Gogó p'ra casa voltou,
Molhado e ensangüentado.
VIXE!!! Namorando avistou,
Sua mulher e o delegado.
De casa saiu desorientado,
Seguiu, vagou por uma ruela
Encontrou dois desocupados,
Assaltando uma pobre velha.
Os gatunos ao verem o Zé
Tomaram de grande aflição...
Os malandros deram no pé,
Sumiram, vazaram quarteirão!
Os ladrões fugiram e jogaram
A bolsa da velha, no chão
Nisso os policiais chegaram,
E levaram o Zé p'ra prisão.
Vejam só que confusão:
Deram uma pisa no Zé Gogó
Pensaram que ele era ladrão
E o conduziram p"ro Xilindró
Zé Gogó ficou numa Cela
Junto com um malhadão,
Que fingiu ser Zé uma donzela,
Fez do Zé, mulher na prisão.
O delegado fugiu da cidade,
Levando a esposa do Zé.
Até estabelecer a verdade,
O Zé, fez a vez de mulher.
Isso ocorreu numa sexta-feira,
Era 13, "dia D" do azar maior
E todos na pequena Cajazeiras,
Conhecem a história de Zé Gogó.