Sexta-Feira 13

Zé Gogó pulou da cama,

Com o pé esquerdo no chão,

Pisou na casca de banana,

Levou um escorregão.

Bateu a cabeça na cadeira,

Para farmácia foi depressa,

Ofegante, subiu a ladeira

Sob chuva e muita pressa.

A farmácia estava fechada

O dono saiu para ceiar,

Tinha um aviso na fachada:

"Volto depois que almoçar"

Zé Gogó p'ra casa voltou,

Molhado e ensangüentado.

VIXE!!! Namorando avistou,

Sua mulher e o delegado.

De casa saiu desorientado,

Seguiu, vagou por uma ruela

Encontrou dois desocupados,

Assaltando uma pobre velha.

Os gatunos ao verem o Zé

Tomaram de grande aflição...

Os malandros deram no pé,

Sumiram, vazaram quarteirão!

Os ladrões fugiram e jogaram

A bolsa da velha, no chão

Nisso os policiais chegaram,

E levaram o Zé p'ra prisão.

Vejam só que confusão:

Deram uma pisa no Zé Gogó

Pensaram que ele era ladrão

E o conduziram p"ro Xilindró

Zé Gogó ficou numa Cela

Junto com um malhadão,

Que fingiu ser Zé uma donzela,

Fez do Zé, mulher na prisão.

O delegado fugiu da cidade,

Levando a esposa do Zé.

Até estabelecer a verdade,

O Zé, fez a vez de mulher.

Isso ocorreu numa sexta-feira,

Era 13, "dia D" do azar maior

E todos na pequena Cajazeiras,

Conhecem a história de Zé Gogó.

Roberval Andrade Carvalho
Enviado por Roberval Andrade Carvalho em 15/12/2011
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