HUMOR – É de morrer de rir...

 
HUMOR – É de morrer de rir – 10.12.2011
 

 

     Que me permitam meus colegas do Recanto das Letras, mas nessas últimas denúncias de que é alvo o ministro Fernando Pimentel, da Indústria, Comércio e Exterior, nada do que ele diz me leva a acreditar, porquanto uma pessoa que participou de atividades clandestinas, tentativa de sequestro e outros ilícitos não tem firmeza nas suas palavras, até porque ninguém pode saber quando está certo ou faltando com a verdade, ou seja, não merecem credibilidade “in totum”.

     Lendo o “Blog da União Nacional”, por esses dias, pude verificar que esse ministro, agora pego de calças curtas tirando vantagens ilícitas (e a sua grande salvação é que participou do mesmo grupo que lutou contra o regime militar ao lado da presidente Dilma), ficando claro  que poderá escapar da faxina; nessas situações, me parece que há um compromisso de nunca desamparar o companheiro, colega, nas horas de bonança. É mais ou menos assim: Se nós sairmos dessa luta como ganhadores cada um terá de ajudar a si e aos camaradas.

     E diz o pertinente blog como foi a ação da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária): “Com um Fusca, Pimentel e outros dois guerrilheiros tentaram parar o Plymouth do cônsul americano em Porto Alegre. Ele escapou – e, dias depois, os quase sequestradores estavam presos. Cutter arremeteu contra o pequeno carro, atropelou Pimentel e escapou. Essa a história da fracassada tentativa de capturar um cônsul americano, nos tempos em que Fernando Pimentel se chamava ‘Jorge’ e andava com uma pistola calibre 45”.

     “Guerrilheiro, mesmo, daqueles que, nos tempos da ditadura, botaram as armas nas mãos, o Ministério Dilma Rousseff só tem um: Fernando Damata Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Enquanto a presidente fez treinamento militar, mas não praticou ações armadas, Pimentel participou de duas, arrojadas, na linha de frente e com revólver e pistola na mão: o assalto bem-sucedido a um carro pagador, em Canoas, Rio Grande do Sul, no qual usou um revólver calibre 38, e a azarada tentativa de sequestro do cônsul americano Curtis Carly Cutter, em Porto Alegre, em que empunhou uma 45, respectivamente em março e abril de 1970. Tinha 18 anos na primeira, 19 na segunda. Atendia por “Jorge”, tinha 1,82 de magreza e altura e comandava uma unidade de combate da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR)”.

     “A VPR – tal como a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), organização a que pertencia Dilma Rousseff – era um grupo marxista-leninista. Defendia a derrubada violenta do governo militar e a implantação de um regime socialista. Hoje parece grandiloquente e retórico. Na ocasião, pelo menos para eles, e para a ditadura, não era brincadeira”. 

     “Na tarde da última quinta-feira, em seu gabinete no 6o andar do MDIC, o ministro ouviu o que ÉPOCA levantou sobre sua participação na luta armada contra a ditadura. Fez pequenos acréscimos e correções, mas declinou de comentários pontuais. “São fatos que pertencem à história do Brasil. Quem tem que julgar são os meus pósteros”, afirmou. Disse, também, que não se arrepende de ter pegado em armas, mas que isso tem de ser visto na ótica de 40 anos atrás”.

     Eu sempre entendi que quando os incapazes desejam conseguir algo que não está ao seu alcance em termos de competência pacífica, partem para a violência, naquele tudo ou nada, pois se já estão por baixo não custa nada arriscar. E em terra de cego quem tem um olho é rei, como diz o adágio popular. Tanto é assim que os anos se passaram, a abertura foi feita e eles subversivos conquistaram o poder na base de eleições diretas. Todavia aí há um componente que muito colaborou para esse sucesso, qual seja o poder da imprensa, que fora praticamente calada ao tempo da revolução de 1964, e com a abertura pôde falar o que quis e o que nem imaginara, ganhando a simpatia do cidadão brasileiro. 

     Também não aprovo totalmente a violência utilizada pelas Forças Armadas, porquanto o povo nacional, em sua grande maioria, é da paz. Bastava um freio de arrumação, assim como um aviso, eis que a elas cabe proteger a Constituição, que tudo voltaria à normalidade, salvo se o país enveredasse mesmo pelos caminhos do comunismo, pois o comunista é “um eterno insatisfeito”. Passaram muito tempo no poder, cerca de 24 anos, e isso não foi muito bom para a nação, aliás, esse é o pensamento de muitos militares.

     Agora eles vêm de criar a “Comissão da Verdade”, a fim de descobrir quem foram os torturadores de então, da qual eu sou terminantemente contra. As fotos já começaram a aparecer, e todos viram a doutora Dilma sendo interrogada no Ministério do Exército, ao lado de companheiros da época (a foto da internet foi mudada, pelo que observei), enquanto os oficiais da corporação aparecem de cabeça baixa, com as mãos no rosto, envergonhados, por assim dizer. Espera-se que também sejam publicadas as em que os subversivos estavam praticando atividades proibidas, tais como roubos (o do cofre do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros), rebeliões, sequestro e até mesmo as mortes que proporcionaram a militares e civis que estavam em lado contrário.

     Sou favorável a que o passado seja riscado do mapa, pois em havendo erro dos dois lados poderá resultar em consequências desagradáveis. Lá se vão quase 50 anos, meio século, uma vida, portanto. Agora esquecer o que os ministérios têm praticado de roubalheiras e de sacanagem com o dinheiro do povo fica difícil, uma vez que são recentes, aos olhos vivos da situação que está no poder, notadamente no que tange ao PT, que é a mola mestra da governança ou da lambança, como queiram os leitores.

    Alguém já chegou a imaginar se, por absurdo, os revolucionários tivessem dado cabo do grande metalúrgico Lula, nosso ex-presidente? O que seria da Dilma? O PT estaria no poder, mandando e desmandando, e ainda por cima aceitando auxiliares de pouca ou quase nenhuma envergadura moral (não agravando a todos)? Não creio nisso, mas também poderia ser que o país tivesse sido dominado por forças estrangeiras, não sei e nem quero pensar na hipótese.

     Que me lembre meu pai ou minha família e nem eu fomos perseguidos por militares ou coisa que o valha, mas isso porque não exercíamos atividades criminosas, claro, lógico e evidente.

     Vou ficando por aqui, mas embora o assunto seja sério eu estou morrendo de rir com a infantilidade desses ministros de meia tigela. E então esse com cara de santinho, sei não.
 

Ansilgus
Em revisão.
 

ansilgus
Enviado por ansilgus em 10/12/2011
Reeditado em 11/12/2011
Código do texto: T3381554
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