Soneto à diarréia

Sentindo na barriga um aperto

Não vendo o toalete por perto

Saindo os sons e arrepios

Como apitos de trens e navios.

Em um recinto público fedido

Por vezes muito mal acompanhado

Outro sujeito apertado ao meu lado

Gemendo que nem é comedido.

Busco enfim me aliviar

Da feijoada do almoço

O cheiro pairando no ar.

Penso em cometer haraquiri

Mas logo o vejo como escorço

Quero é rematar logo aqui.

André Anlub

Site: poeteideser.blogspot.com/

Meu Livro: Poeteideser (Poeta Hei de Ser)

Contato: andreanlub@hotmail.com