SÓ RINDO IV
Na sala de embarque daquele aeroporto os passageiros aguardam a chamada para entrarem no avião.
Nisso chega um cara todo uniformizado de co-piloto, só que de óculos escuros e uma bengala numa das mãos, com a qual vai batendo no chão, abrindo caminho.
A aeromoça pega o microfone e explica:
___ Este é fulano de tal, o co-piloto do nosso vôo. Embora ele seja cego é um dos nossos melhores profissionais... podem ficar tranqüilos.
Não tranqüilizou muito a notícia, mas os passageiros aceitaram a explicação.
A seguir aparece outro cara, todo uniformizado de piloto, uniforme branco, listras e insignias azuis. Mas igual ao outro, está de óculos escuros e bengala na mão. Também como o outro vai batendo com ela no chão, procurando o caminho para a "aeronave".
Mais uma vez a atendente faz uso do microfone para tranqüilizar os passageiros.
___ Este é o comandante fulano de qual, o piloto do nosso avião, que apesar de cego igual ao co-piloto, é também um dos nossos melhores profissionais. Hoje a aviação utiliza de muita tecnologia, mesmo com pilotos que não enxergam podem todos ficar tranqüilos.
A aeromoça chama os passageiros para o embarque e todos, um a um, preocupados e com cara de “acho-que-este-troço-não-vai-dar-certo”.
Mesmo assim embarcam.
Aquelas orientações de sempre, “desliguem os celulares”, “usem o cinto de segurança”, etc, aquilo tudo que você como passageiro já deve ter ouvido e que soa como recomendações de padre em missa de corpo-presente.
Pois bem... o comandante cego avisa que o avião vai decolar.
O aparelho começa a correr na pista aumentando cada vez mais a velocidade.
Mais do que "friozinho-na-barriga" os passageiros estão com o “coiso” tão trancado que por ele não passa nem agulha. Nisso somos todos iguais, quem tem, tem medo!
E o avião cada vez mais aumentando a velocidade e os passageiros cada vez mais assustados.
E a pista acabando e nada do avião levantar vôo.
O desespero toma conta de todo mundo.
De repente, pânico geral.
Ninguém consegue se controlar e começa a maior e histérica gritaria.
"Jesus acuda!", "meu Deus", "acolhei-me senhor dos aflitos", ai ai, ui ui, essas coisas, etc e tal.
Nesse exato momento o avião decola, suavemente.
Ganha o céu, subindo... cada vez mais para o azul que te quero azul... “volare”... “volare”...
Todos os passageiros suspiram aliviados.
Na cabine o co-piloto diz ao piloto:
___ Se algum dia acontecer dos passageiros não gritarem, estaremos todos ferrados !!!!
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Dois bons baianos, primos, vão servir ao exército. Chegando lá são interrogados pelo sargento:
___ Qual o teu nome? - pergunta para o primeiro.
___ Tonho, meu rei.
___ Negativo e inoperante ! De agora em diante não se usa apelido. Seu nome é “Antonio”. E o que você está fazendo aqui?
___ Tô dando um tempo na vida, meu rei.
___ Negativo e inoperante. Você está servindo a Pátria. E o que é aquilo – diz o sargento apontando a Bandeira do Brasil a Tremular No Céu Azul de Anil.
___ Oxente! Uma bandeira.
___ Negativo... negativo. De agora em diante ela é a tua Mãe.
Daí vira-se para o segundo e pergunta:
___ Qual o teu nome?
___ Pedro.
___ O quê você está fazendo aqui?
___ Servindo à Pátria.
___ O que é aquilo ? – e aponta para a Bandeira do Brasil.
___ A mãe do Tonho... minha tia!
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Dois amigos se encontram num bar. Um não está com cara de muito bem de saúde.
___ Você está com um aspecto horrível. Está doente?
___ Sim. Fui ao médico e ele disse que eu estou com deslocamento de órgão.
___ Deslocamento de órgão? Nunca ouvi falar dessa doença. O que é isso?
___ Meu fígado foi pro saco !
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O cara vai ao médico que depois de examiná-lo começa e interrogá-lo:
___ O senhor bebe?
___ Aceito um golinho, sim senhor.
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Salim vai ao banco e fala com o gerente:
___ Quero fazer um empréstimo.
___ Mas... o senhor tem tanto dinheiro em conta... não tem necessidade.
Mas Salim insiste. Quer porque quer fazer o empréstimo.
___ Bem, se o senhor deseja assim, vamos fazer. Qual a quantia?
___ Um real.
___ Um real?
___ É. Um real. - confirma Salim.
Para não negar o empréstimo e perder o cliente, o gerente resolve complicar, para Salim desistir desse empréstimo tão pequeno sem magoá-lo:
__ Olhe seu Salim. O banco exige garantia. Sabe como são essas coisas.
__ Num tem problema – diz Salim – eu deixo como garantia meu automóvel Mercedes, vale muito mais do que o empréstimo.
O gerente resolve engrossar mais um pouco:
___ Seu Salim. O banco exige que o senhor deixe a garantia conosco, guardado em nossa garagem. Veja bem, o senhor vai ficar à pé.
___ Não tem problema. Deixo agora mesmo o automóvel com o banco.
Sem ter para aonde fugir, o gerente resolve fazer o empréstimo.
Mas, quanto aos juros, é o próprio Salim quem já tem o valor na ponta da língüa:
___ Juros de três por cento ao mês. Ao ano vai dar trinta e seis centavos de juros.
Assinam os papéis, Salim deixa o automóvel Mercedes com o banco e vai pra casa:
___ Mulher, podemos viajar tranqüilos... Já arrumei garagem pro carro. E vou pagar só trinta e seis centavos ao ano.
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Um louco pergunta ao outro:
__ Você é louco?
__ Não. Sou apenas surdo-mudo.
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O bom baiano perdeu o gato. Procura daqui, procura dali e nada. Até que um amigo sugeriu que ele procurasse na repartição municipal que recolhe animais abandonados na rua.
Ele foi e, chegando lá, o funcionário ouve o seu pedido e o leva ao depósito.
Abre a porta e, de repente, o bom baiano vê um salão enorme, rodeado por milhares de gatos.
___ Acho que o senhor vai ter dificuldade em encontrar o seu gato.
___ Deixa comigo. Béééchano... béééchano... béééchano.
E lá no fundo responde o animalzinho:
___ Mééénhau.... mééénhauu.... mééénhauuu...
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O cara tinha fama de galã na cidade. Bonitão e vaidoso; devem manjar o tipo.
Pois bem, chegou um circo na cidade e durante o espetáculo o cara não tirava o olho da anãzinha trapezista.
Sabe como acontece? Ela miudinha, balançando lá em cima, prá lá, prá cá, maiô pequeno, pernas abertas... pois é, o cara se encantou.
Terminado o espetáculo ele vai azarar a anãzinha. Vanjra vai, vanjra vem, bico doce, lero-lero, palavras macias, usou todas, porque nisso ele era profissional.
Até que ele conquistou a anã e foram, improvisadamente, namorar atrás da jaula do leão.
E tão lá, nheco, nheco, tcháca-tchá-ca, e o cara pensou: "pô, se alguém me ver com a anã tô azarado, não fica legal, amanhã mesmo a cidade inteira comenta e vão me gozar".
Foi só pensar que aparece um gaiato conhecido:
___ Aí, heim, malandro... comendo né?
E ele rapidamente:
___ Não, não... tô só fazendo um lanchinho !
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____ Sou casado há trinta anos e sempre apaixonado pela mesma mulher !
____ Que maravilha !
____ Maravilha? Se minha mulher descobre ela me mata !
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Aquele f-d-p, vigaristazinho de merda, leu um dia no obituário de um jornal que a sua tia Dolores havia morrido.
Não via a tia Dolores há mais de quinze anos.
"Caraca, meu! Ela é solteira e cheia da grana." - pensou - "preciso tirar alguma vantagem", "afinal acho que sou o parente mais próximo, único herdeiro".
Vai daí que colocou um terno, um óculos escuros, passou na floricultura, comprou um ramalhete de rosas amarelas e pirulitou-se para o enterro, porque para o velório ele já estava atrasado.
Tão atrasado que nem conferiu se era mesmo o enterro da tia Dolores.
Chegou no cemitério junto com o féretro (que lingua a nossa! - "féretro"), chegou junto com o féretro e foi abrindo caminho naquele amontoado de gente.
Ficou perto do caixão, puxou o lenço do bolso e começou a enxugar as falsas lágrimas.
Inconsolável, ou pelo menos, desempenhando o papel de inconsolável.
Afinal, na sociedade se sobrevive de aparências, há que se merecer a herança se demonstrar tristeza pela morte. Essas coisas...
Quando o caixão chegou ao túmulo e começou a baixar ao buraco que a terra haveria de cobrir, o malandro resolveu melhorar a representação:
___ Minha tia, minha tia adorada, minha tia tão querida... o que será de mim agora titia, meu Deus - soluçava e gritava alto.
Neste momento aproximou-se dele um cavalheiro muito circunspecto, e o repreende em voz baixa:
___ O que é isso, rapaz! Controle-se. Todo mundo sabe que o general era... era... Mas ele disfarçava e mantinha a aparência de homem. Mas que diabo! Afinal, é preciso manter a discrição !
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____ Putz, sabe amigo, estou tão feliz... já sou pai. Nasceu meu filho.
____ Parabéns, sua mulher está passando bem?
____ Está sim... mas por favor... não conte nada para ela.
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Aquela familia moderninha foi fazer uma temporada num campo de nudismo.
Para o filho, Joãozinho, era novidade.
Olhava ali, olhava aqui, o Joãozinho percebeu que tinha homem de pau grande, tinha homem de pau pequeno e perguntou ao pai por que esta diferença?
___ Olhe Joãozinho - respondeu didaticamente o pai fugindo da responsabilidade de ensinar corretamente o filho. Quem tem pau grande é mais culto, mais inteligente. Quem tem pau pequeno é mais inculto, não se esforçou para estudar na escola. É assim, o tamanho é de acordo com a inteligência do homem.
Malandramente a explicação fazia sentido pedagógico.
Era prá estimular o moleque a estudar mais na escola.
Aí o pai saiu para pescar e ficou horas na beira do rio.
Quando voltou o guri chega pro pai todo agitado:
___ Papai, papai... mamãe entrou numa barraca com um homem muito culto, mas o senhor precisava ver como ele era inteligente. Só que quando eles sairam o homem tinha esquecido tudo...
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___ Doutor, tenho um problema, daí a consulta... sabe... ando conversando sozinho.
___ Ah, tudo bem, isso é normal. Não é nada grave.
___ É sim doutor. Tenho uma conversa tão chata !!
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No jantar a filha diz prá mãe:
___ O papai chama a empregada de boneca.
O pai se justifica:
___ É só um elogio. Apenas uma questão de gentileza.
___ Não, não – diz a filha – é porque ela fecha os olhinhos quando o papai deita ela no sofá.
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___ Por que você sempre fica apavorado quando ouve a buzina de um carro? Tem trauma de algum acidente, atropelamento?
___ Não, não. É que a minha mulher fugiu com um taxista e toda vez que ouço buzina penso que ele a está trazendo de volta.
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Essa é para aborrecer as mulheres:
SE MULHER FOSSE UMA BOLA
Aos 20 anos, ela é uma bola de futebol, tem sempre 22 homens correndo atrás dela;
Aos 30 anos, ela é uma bola de basquete, tem sempre 10 homens correndo atrás dela;
Aos 40, ele é uma bola de golfe, tem sempre 2 homens correndo atrás dela;
Aos 50 anos, ela é uma bola de ping-pong, tem sempre 2 homens, um empurrando ela para o outro;
Aos 60 anos, ela é a bola preta da sinuca; tem sempre 2 homens correndo atrás das outras bolas, mas evitando a tocar nela.
(Infame!)
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Na portaria do hotel um homem está furioso:
___ Vou-me embora deste hotel e nunca mais volto.
___ Mas por que senhor?
___ Nos dois dias que passei aqui não vi nem sinal de papel higiênico.
___ Bem, desculpe, foi uma falha nossa. Poderiamos corrigir. Bastava o senhor ter dito.
___ Falha o raio-que-o-parta. O senhor não tem é competência.
___ E o senhor, não tem lingüa?
___ Lingüa eu tenho, mas não sou contorcionista...
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