"A Bicicleta".
Com idade indefinida, mas julgando ser uma pessoa mais inteligente que os demais, me enamorei de uma bicicleta.
Além do preço que pelas minhas parcas possibilidades, ficara quase impossível a transação, minha experiência com a dita cuja era zero. Nunca tinha pegado sequer para empurrar e sentir o gosto ao menos de segurar a preciosidade. Como a cabeça só funciona no tranco, me empenhei para o resto de minha vida, vendi a alma, ficaria sem salário por bom tempo. Mas fazer o que?
Certo sábado de manhã levei a danada para casa. Após amarrar a barra da calça, levei a bicicleta para uma pequena descida, onde iria demonstrar o meu largo conhecimento ciclístico. Sentei no selim e com um pequeno empurrão de pé, lá estava eu pilotando aquela jóia. Realmente não foi difícil, mas à medida que descíamos a rampa, a bicicleta adquiria mais velocidade.
Senti-me o mais feliz dos homens, porém comecei a ficar preocupado, pois a velocidade aumentava metro à metro.
Comecei a considerar seriamente a possibilidade de pular da jóia e por os pés em terra firme. Já ficava difícil controlar a máquina e dos meus conhecimentos, freio, era o que eu desconhecia. Ladeira abaixo, rezando e gritando por todos os santos, fui batendo ora num barranco, ora num galho de árvore à beira da estrada. Por fim veio o choque com uma porteira dura como o aço. Hoje com o braço quebrado, e sem alguns dentes, tento vender a bicicleta para diminuir o prejuízo. Recebi o aviso do ex dono que quer receber de qualquer maneira.
Amigos não tentem fazer o que não sabem... Uiii!
Oripê Machado.
Com idade indefinida, mas julgando ser uma pessoa mais inteligente que os demais, me enamorei de uma bicicleta.
Além do preço que pelas minhas parcas possibilidades, ficara quase impossível a transação, minha experiência com a dita cuja era zero. Nunca tinha pegado sequer para empurrar e sentir o gosto ao menos de segurar a preciosidade. Como a cabeça só funciona no tranco, me empenhei para o resto de minha vida, vendi a alma, ficaria sem salário por bom tempo. Mas fazer o que?
Certo sábado de manhã levei a danada para casa. Após amarrar a barra da calça, levei a bicicleta para uma pequena descida, onde iria demonstrar o meu largo conhecimento ciclístico. Sentei no selim e com um pequeno empurrão de pé, lá estava eu pilotando aquela jóia. Realmente não foi difícil, mas à medida que descíamos a rampa, a bicicleta adquiria mais velocidade.
Senti-me o mais feliz dos homens, porém comecei a ficar preocupado, pois a velocidade aumentava metro à metro.
Comecei a considerar seriamente a possibilidade de pular da jóia e por os pés em terra firme. Já ficava difícil controlar a máquina e dos meus conhecimentos, freio, era o que eu desconhecia. Ladeira abaixo, rezando e gritando por todos os santos, fui batendo ora num barranco, ora num galho de árvore à beira da estrada. Por fim veio o choque com uma porteira dura como o aço. Hoje com o braço quebrado, e sem alguns dentes, tento vender a bicicleta para diminuir o prejuízo. Recebi o aviso do ex dono que quer receber de qualquer maneira.
Amigos não tentem fazer o que não sabem... Uiii!
Oripê Machado.