"POR NÃO TER O QUE FAZER"
Jogando conversa fora, de repente me achei
Perdido na teia dos pensamentos meus.
No momento eu estava aonde ainda não sei,
Talvez até desfiando as linhas que o destino me deu.
Já havia procurado uma escada pra pintar o roda-pé
Que se sujara quando entornei o caldo da intolerância,
E para não ser injusto, nem impreciso até,
Peguei um alicate para extrair a diferença da distância.
Embora, antes tivesse ido, sem qualquer sucesso
A um banco de sangue buscar a chave para uma conta abrir,
E neste repente pelas paredes eu fui subir.
Não houve loucura no que fiz, nem retrocesso,
Aconteceu tão somente porque o tempo me sobrava,
Não por não ter o que fazer, eu só fiz o que não esperava.
(ARO. 1995)
Jogando conversa fora, de repente me achei
Perdido na teia dos pensamentos meus.
No momento eu estava aonde ainda não sei,
Talvez até desfiando as linhas que o destino me deu.
Já havia procurado uma escada pra pintar o roda-pé
Que se sujara quando entornei o caldo da intolerância,
E para não ser injusto, nem impreciso até,
Peguei um alicate para extrair a diferença da distância.
Embora, antes tivesse ido, sem qualquer sucesso
A um banco de sangue buscar a chave para uma conta abrir,
E neste repente pelas paredes eu fui subir.
Não houve loucura no que fiz, nem retrocesso,
Aconteceu tão somente porque o tempo me sobrava,
Não por não ter o que fazer, eu só fiz o que não esperava.
(ARO. 1995)