Cheers (Bar dos poetas)
O berro, o bar e a brisa
O copo brusco que vai ao chão e não quebra
Um velho bilhar... E quando fico em sinuca...
É o velho frio na nuca.
O jukebox é disputado
Também o jogo de dardo...
Que tem uma foto amarelada,
do Sarney, toda furada.
Esse bar não abre nem fecha
É flecha sempre lançada
Pois o coração do poeta
Não seca, não se afoga... Não nada!
Absinto é homeopático
Cerveja cria uma grande barriga
O garçom pra lá de simpático...
Sempre serve uma dose extra
Com uma porção de lingüiça.
Temos que chegar diariamente
Com uma pequena prosa
Que fale de espinho ou da rosa
De um culpado ou inocente.
Com ela batemos o ponto
Sairemos só muito tonto
Chamando urubu de meu louro...
Deixando a freguesia contente.
André Anlub
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