Cheers (Bar dos poetas)

O berro, o bar e a brisa

O copo brusco que vai ao chão e não quebra

Um velho bilhar... E quando fico em sinuca...

É o velho frio na nuca.

O jukebox é disputado

Também o jogo de dardo...

Que tem uma foto amarelada,

do Sarney, toda furada.

Esse bar não abre nem fecha

É flecha sempre lançada

Pois o coração do poeta

Não seca, não se afoga... Não nada!

Absinto é homeopático

Cerveja cria uma grande barriga

O garçom pra lá de simpático...

Sempre serve uma dose extra

Com uma porção de lingüiça.

Temos que chegar diariamente

Com uma pequena prosa

Que fale de espinho ou da rosa

De um culpado ou inocente.

Com ela batemos o ponto

Sairemos só muito tonto

Chamando urubu de meu louro...

Deixando a freguesia contente.

André Anlub

Site: poeteideser.blogspot.com

Poeteideser® - Pena & Pincel®

Contato: andreanlub@hotmail.com