Caixinha
A amizade que sinto por você guardo numa caixa-forte,
que pessoas, dizentes cheias de emoções,
chamam de Coração.
No meu caso, somente eu tenho o segredo
e em caso de arrombamento
vim programado de auto-destruição.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Passando pela vida, vi esta caixinha e me perguntei:
- comprar ou não comprar?
- por que não comprar?
- então comprei...
Quis te entregar pessoalmente,
mas, na vida existem coincidências
que a própria coincidência desconhece.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Sobre a nossa amizade, temeroso de que você
não sabendo agora o que fazer
ou não tendo onde guardar, lance fora.
Te peço, não o faça, guarde nesta caixinha,
quem sabe, hora por outra você precisa,
é só buscar e usar.
Viu o porquê da caixinha?
Poeta Decrépto (mudei de nome) - Jatanael Moreira e Silva
Maceió, (21:30h) 01 de julho de 1996.