ANEDOTARIO PARA TODOS 136

Um sujeito perdulário soube que um fazendeiro tinha para casar uma moça nada bela. De olho nas benfeitorias do ruralista foi ter com eles. Ao ser recebido pela moça, esta disse que pai estava no curral, atrás de um bezerro. Não perdeu tempo, dando logo a primeira investida, tentando ser convincente:

- Eu já fui apaixonando logo que te vi, acredita nisso? pois adoro a simplicidade das moças do meio rural.

- É mesmo?

Espanta-se a moça sabendo que nao era bela.

- Assim você me deixa emocionada.

- Aliás, acho romântico uma moça pronta para casar como você em uma fazenda e por isso proponho namoro, com a certeza de promissor casamento.

Retruca o interesseiro, ouvindo da moça.

- Que lindo, me dá um beijo?

- Opa. agora não, vai dar sapinho.

Fala o espertalhão escorregando.

- Mas o que acha da idéia do casamento?

- Isso e com o meu pai e ele já entrou pela cozinha. Vá lá falar com ele.

Ele foi sem perda tempo. O velho trancou-se com o pretendente numa sala indo direto ao assunto. Passado algum tempo, a porta abre num rompante: O Perdulário sai apressado sem dar atenção a filha do velho e ela pode ouvir a voz do pai aos brados:

- E faça o favor de não me aparecer mais por aqui seu espertalhão ou vai se haver comigo.

- O que foi pai ela pergunta.

- Ah! nada deixa pra lá. E não deixe esse sujeito entrar em nossa casa.

- Mas pai ele quer casar e casamento está tão dificil por aqui.

- Não quero saber se acha que ele te interessa corre atrás e se entenda direto com ele, mas pelo que vi e ouvi, vá por mim, ele não te serve.

A moça correu e conseguiu alcança-lo no pasto indo embora e o detendo perguntou:

- O que houve? Te achei tão interessado e me interessei muito com a idéia do casamento.

- Tudo acabado Senhorita, seu pai não aceitou meus termos e agora sou eu que não quero.

- Não quer? e quais são seus termos?

- Separação de corpos e comunhão de bens.

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Um lavorista não teve resultado bom em sua lavoura e precisou vender uma espingarda contando para isso com a a ajuda da mulher que era batateira e inadequada para ajudar na venda.

Chegou um interessado que analizando a espingarda perguntou:

- Mas essa espingarda é boa mesmo?

- Se é boa? Olha, eu dou um único tiro com ela em direção àquelas galinhas ali fora e já deito umas três que a mulher vai logo buscar pro almoço, não é mesmo mulher?

- Não sei disso não. - desconversa a mulher desanimando o comprador que saiu de banda.

- Se sua mulher não tem certeza eu e que também não vou ter. ate logo.

O interessado foi embora e o lavorista disse para a mulher com raiva.

- Escuta aqui sua tonta: A banha de fazer comida já acabou, as panelas tudo vazias, seu sabão de lavar roupa já tá fininho e quando eu tento vender a espingarda pra ver se te melhora dispensa você atrapalha tudo? dá seu jeito. De tarde vem um sitiante e você trata de me ajudar ou some logo pro fundo do quintal que eu resolvo sozinho.

- Tá bom, vou te ajudar pode deixar.

- Olha lá hein.

De tarde chega o sitiante pra tratar da venda e a mulher do lavorista numa melhora faz um café novo e se mostra disposta a concordar com o marido ficando por ali mesmo.

- Então seu moço, essa espigarda é boa mesmo?

- Se é boa? te falo sem exagerar que eu pego ela e com um tiro só derrubo uns dois patos né mulher?

A mulher descarrega uma risada indiscreta e fala tentando melhorar as coisas:

- Isso mesmo, moço, e um tatu tambem.

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Contando seu dinheiro num lugar sossegado, um turco recebe a notícia de que sua mulher estava a morrer e lamenta:

- Puxa, mas essa mulher está a morrer logo agora que eu estou no meio da contagem.

- Isso mesmo Salim, e ela está mesmo moribunda.

- É mesmo? Vamos lá então.

Chegando perto da mulher com a paciência, sentou e esperou até que a mulher lhe chama e diz:

- Salim, Oh! Salim, estou agora a dar o último suspiro.

- Verdade? Espera, espera. – Disse Salim saindo e voltando com uma vela acesa.

- Assim... da o ultimo supiro e assopre essa vela.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 16/08/2011
Reeditado em 16/08/2011
Código do texto: T3162781
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