ASSIM TAMBÉM NÃO, PÔ !
Era uma escola isolada, daquelas que ainda existem no Brasil, bem lá no interior, onde os pais trabalham na lavoura de subsistência e os filhos andam quilômetros para se alfabetizarem.
Tinha uma professorinha, bonitinha, que se esforçava para ensinar crianças de várias idades e niveis escolares.
Pois bem, tinha também um Joãozinho. Mas vamos guardá-lo para o final.
A professorinha recebeu aviso de que o inspetor escolar faria uma visita, para avaliar o ensino e o desempenho dos alunos. Dai que a professorinha redobrou a sua aplicação e passou diversas lições na lousa, tomou a leitura de todos, enfim, deixou a turma azeitada para a avaliação do temido inspetor.
No dia combinado o inspetor chegou e encontrou a escola limpissima, os alunos arrumadinhos e foi saudado com o canto do hino nacional e um grito bem ensaiado de "bem vindo inspetor !. Enfim, essas bossas pra inglês ver e fazer de conta que nosso ensino é maravilhoso.
Dai que a professorinha, tomando a lição de todos, resolveu escrever uma frase na lousa,
E de saiazinha curta, involuntariamente rebolando o traseirinho, escreveu a dita frase. Depois voltou-se para os alunos e perguntou:
"O quê eu escrevi na lousa?"
O Joãozinho apressou-se a levantar e pular:
"Eu sei, eu, eu !!!"
A professorinha tava meio temerosa da resposta do Joãozinho, seu pior aluno, mas teve que se render ao entusiasmo que ele demonstrava.
"Responda, Joãozinho."
"Fessora, na lousa a senhora escreveu: "que traseirinho mais lindo".
Putz ! A professora ficou uma fera, espinafrou o Joãozinho, esculhambou, que idéia aquela de fazê-la passar vergonha na frente do inspetor:
"Vai pra fora Joãozinho. Fique lá no pátio de joelho e castigo."
Joãozinho ouviu a bronca calado, cabeça baixa e decepcionado !
Mas antes de sair, foi até o inspetor, apontou o dedo pra ele e disse indignado:
"Se o senhor não sabia a resposta, não devia ter soprado, seu f.d.p. !".
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Sajob - agosto / 2011