Ricardão - Carcará do sertão
Discarado como a coral
Se faz de louco pra se dá bem
Carcará do sertão...
Sem consideração como ele,
Na terra não há ninguém!
Tem fome inexaurível
Não respeita o novo, o velho o patrão
Quando vê a presa fica inquieto,
Seu desejo é inflexível!
Pisa manso e devagar
Chega nas horas em que ninguém está,
Usufrui do que é alheio...
Não deixar marcas nem pegadas,
Sem acanhamento faz o “mal feito”.
Descoberto é perseguido,
Parece que desaparece, some
Se transforma em gavião carcará
Só um tiro bem certeiro,
Pro maldito derrubar!