Um traficante matuto
A polícia muito esperta
Prendeu aqui no sertão
Um bandido traficante
O maior da região
Num raio de vinte léguas
Não tinha maior ladrão
O cabra era conhecido
E a polícia encontrou
Muita droga em seu poder
Muito dinheiro se achou
Balança de precisão
E um revolver atirador
Tudo isso apreendido
Ao inquérito foi juntado
Botaram o cabra na frente
Numa cadeira, sentado
Pra dar o depoimento
Ao nobre delegado
Quando ele foi inquirido
Disse que tinha comprado
A droga pra seu consumo
Por que era viciado
Nunca vendeu um bagulho
Por que achava isso errado
A autoridade entendeu
Toda aquela explicação
Mas perguntou, e o revolver?
Que estava na sua mão?:
- É pra matar Satanás,
Eu sou crente, meu irmão!!
E a balança automática?
Quis saber o delegado
Sou matuto precavido
E um tanto desconfiado
Sempre meço quando compro
O peso do baseado...