A MAGIA DO BUTECO !!

A nossa sociedade é permeada por vários grupos de pessoas. Cada um tem seu vocabulário próprio; são os jargões.

No café da manhã dos médicos só se ouve falar em bisturi, anestesia e paciente. Ao almoçar, os advogados, falam em pena, réus e leis. Já no happy hour os boleiros, o jogo do seu time, do time dos outros e da mãe do árbitro são o que mais se comenta.

A língua mater utilizada por cada grupo agrada a si, em detrimento a ocorrência de trejeitos dos outros. É difícil o agrado do linguajar a quem não vive ou vivencia o assunto.

E, tem pessoas que são engraçadas quando tomam uns aperitivos ou umas cervejinhas. É o caso de um amigo que é cheio de bossa!

Domingo, num botequim da vida, estávamos reunidos e falando dos maus resultados dos times de Belo Horizonte na rodada do campeonato brasileiro de futebol. Falávamos de mulheres – que é uma coisa muito gostosa de se falar, mas que calávamos sempre que passava alguma, em sinal de respeito e para a observarmos, melhor, claro!

Biro, enquanto toma suas cervejas, torna-se um fanfarrão, e chama a atenção das outras pessoas do bar. Ele saiu com essa, após se levantar e indo em direção de cada membro da mesa:

_ Meus amigos! O papo tá bom, a cerveja tá geladinha, já tomei uma certa quantidade e agora, não me levem a mal, mas ... mas ... mas ...

Ficamos todos aguardando que Biro completasse seu pensamento, enquanto ele ía apertando a mão de um por um e repetindo essas palavras:

_Mas ... mas... mas...

_ Mas o quê, Biro? Fala, logo! Alguém da mesa o interpelou.

_ Mas ... Mas eu vou tomar outras, porque essa cerveja tá muito gostosa! Respondeu, Biro, para a gargalhada da turma.

OLÁ COLEGA DO RECANTO DAS LETRAS!

LANÇAMOS UM LIVRO QUE REGISTRA A ORALIDADE DO NOSSO POVO POR MEIO DAS LENDAS URBANAS. CASO QUEIRA ADQUIRIR E/OU AJUDAR-NOS A DIVULGÁ-LO, FAÇA CONTATO CONOSCO : obra.calazans@yahoo.com.br - "Contos, causos e cousas de Minas"