APP (2ª Temp) - 24º Capítulo
AMOR PSICOLOGICAMENTE PSICOPÁTICO (2ª Temp) - 24º CAPÍTULO
Silvinho, ao ver a faca, percebe que ela se encaixa na descrição que Maria Camila havia feito da faca que foi utilizada no atentado contra Rosinha (1ª temporada) e dá um sorriso tímido, mas logo fica sério.
Rosinha e João se olham ao ver a faca se abraçam assustados. Shanna Sheylla olha para os dois e sussurra para João:
- Como isso? – diz Shanna Sheylla.
- Não sei! – responde João.
Gomes prossegue em sua pronúncia:
- Avaliando atentamente a faca, percebi que nela não havia as impressões digitais de dois dos suspeitos. Portanto, afirmo com toda a certeza, que Santinho é inocente das acusações.
Santinho cai sentado numa cadeira e respira aliviado. Gomes continua:
- O outro inocente, é o ex-policial Silvinho, que também não tocou na faca.
Silvinho se manifesta:
- Por que me acusou então, se sabia que não era eu?
- Por que eu precisava que o assassino acreditasse que estaria livre.
- E por isso quase me ferrou!
- Permita-me que continue. – diz Gomes. Na faca, encontram-se as digitais de: Maria Camila, João, Eufrásia Jaqueliny, Rosinha e Shanna Sheylla. Pelo o que eu li nos relatórios de perícia da polícia, os cortes da faca no corpo do africano não foram muito fortes. Aí deduzi que o assassino não tinha muita força, por isso concluí que neste caso não se trata de um assassino e sim, de uma assassina. Ou seja, João, que era o único homem suspeito até então, é inocente.
João quase desmaia, mas tenta se manter firme para que ninguém descubra o atentado que cometeu contra Rosinha utilizando a mesma faca.
- As provas que eu encontrei não foram suficientes para incriminar, mas foram o suficiente para inocentar Maria Camila e Shanna Sheylla. Por fim eu consegui as seguintes provas da possível assassina. Tenho aqui em mãos, uma carta da vítima enviada para a esposa onde ele a ameaça. Portanto Rosinha, você teria fortes motivos para matar Bundakekê. – diz Gomes.
Rosinha fica assustada com a acusação. Gomes prossegue:
- Mas tenho aqui também, páginas de um diário pertencente a Eufrásia Jaqueliny.
Eufrásia Jaqueliny fica atônita. Gomes lê o que estava escrito nas folhas do diário:
“... Hoje foi a reinauguração do Vagas Bundas e Bundas Vagas e eu não pude me controlar. Acabei fazendo besteira. Quase estraguei meu plano quando matei aquele africano idiota, mas acho que vou me dar bem e aquela idiota da Rosinha vai se ferrar...”.
Todos na festa ficam pasmos.
- Portanto, em nome da lei, Eufrásia Jaqueliny você está presa, acusada de ter matado o africano Bundakekê! – diz Gomes.
Os olhares se voltam para Eufrásia Jaqueliny.
- Nunca! Você pensa que vai me prender seu investigadorzinho de quinta categoria! – diz Eufrásia Jaqueliny.
- Não resista, você não tem mais chances! – diz Gomes.
- Teria dado tudo certo! Eu seria outra pessoa se a Rosinha não tivesse atrapalhado na minha vida! – diz Eufrásia Jaqueliny.
- Como assim? – pergunta João.
- Eu tinha tudo planejado desde os tempos em que o Vagas Bundas e Bundas Vagas era dirigido pelo Godofredo. A Rosinha era a predileta dele e de todos os outros freqüentadores do bordel, enquanto eu ficava sempre de lado, criando teia de aranha na perseguida. Mas quando eu consegui tirá-la de lá, tudo melhorou.
- Então foi você, sua desgraçada! –diz Rosinha.
- Cala a boca sua vadia! Depois que você saiu, os homens começaram a olhar para mim. E finalmente no dia em que eu iria me livrar da Shanna Sheylla, na casa do Godofredo, eu encontro ela, a vadia da Rosinha, acidentada no chão. Mas para disfarçar minha alegria, eu chamei a polícia. O Godofredo resolveu levar a Rosinha para o hospital e eu me ofereci para ir junto. Mas eu tinha esquecido minha bolsa e voltei, quando eu encontrei a faca com cabo de marfim aparecendo para fora, dentro da bolsa da Shanna Sheylla. Eu peguei a faca e escondi, pois poderia deixar ela com o nome sujo, acusada de roubo e também de morte, pois eu mataria a Rosinha no hospital. Mas lá, o idiota do Godofredo doou o rim para Rosinha, que acabou sobrevivendo. – diz Eufrásia Jaqueliny.
- Eufrásia Jaqueliny, como você pôde!... – diz Shanna Sheylla.
- Cala a boca, sua vagaba cinematográfica! Eu fiquei vários dias pensando em como me livrar da Rosinha, até que surgiu a oportunidade. Eu descobri onde ela morou, na cidade de Mandio Kanocu, na África e tratei de avisar Bundakekê sobre o paradeiro de sua esposa. Por sorte, ele atendeu o meu pedido. Então, era apenas uma questão de espera. Eu armei a adoção de Wellington, pois sabia que ele era filho da vadia e contratei o serviço do idiota do Marcondes, para que fizesse a sabotagem para que houvesse o blecaute no Vagas Bundas e Bundas Vagas. Quando a luz se apagou, eu peguei a faca que estava sempre na minha bolsa e cravei no peito do africano. – diz Eufrásia Jaqueliny.
Os convidados ficam todos pasmos, novamente...
FIM DO CAPÍTULO