Diaro dum Cai e Pira...1
Diaro dum Cai e Pira...
Sabi cumé, né... a gente fica ispiano no jorná, tevelizão, rádio, disséta e tar... e ieu fico invaginando cumu as pessoa vévi de futicaria.
Isturdia, uvi no rádio falano de disvio de verba. Bão, eu cunhesso dinhero, dindim, pila, cascaio, mufufa, cobre, mueda... mas cuando os graúdo fala de dinhero, eles chama de verba, cuando é muito dinhero.
Aí vem a nutiça de qui a verba modi fazê um mata-burro fui muito arta, e de qui árguem ficô cum o troco... E intonces, vem o cuzado provano qui num ovi nada de errado... qui foi um erro duma tar de Digitassão, — cum eça téquinologia de tudo cê feito num tar de computadô, iço cuntece memo — a peçoa bate num butão errado e sai errado o tanto do dinhero... Dizem qui cumputadô é só incostá o dedo no butão e o trem dispara tomaticamente.
Um ezempro de ezempro: pá fazê um mata-burro... custa 5.000,00 real! um funcionaro, distraído, bate ansim: 50.000.00 real. O papér isprimido do cumputadô, vai prá aprovassão. Sai o dinhero... Cuando discobre o ingano, fica cuzano o sujeito sem prova. Prá fazê cuzação tem qui tê prova! E o sujeito prova qui tudo é memo um ingano, ansim:
— Óia... gastô 5.000.00 no mata-burro memo! Os ôto 45.000.00 real foi modi interrá os burro que morreu tentano passá nele. Custô caro os caichão, pagá a papelada modi interrá os môrto, tem qui pagá o dotô médico modi ele zaminá si o sujeito tá morto memo, si naum, num interra, o padre cobra modi benssuá a arma do môrto, a famía, as veiz, pede indenizassão... E o sujeito prova qui num têvi ninhuma diz onestidade na obra.
Qué dizê, ficam levantano farso e falano mar do sujeito, sem prova. Tá errado iço, né!
Tem qui proceçá quem fica falano mar dos otro sem prova!
Pur incuanto é só, adispois nóis dá mais nutiça.