Qual a palavrinha?

Eu e a Pâmella entramos no colégio bem mais cedo do que o de costume. Não era nem 7h. Ela entrou para o banheiro e eu, como faço todos os dias, fui guardar a minha bolsa.

De repente escuto um ruído ensurdecedor vindo do corredor. O alarme que, diga-se de passagem, só a Pam conhecia a senha. Nisso, minha amiga sai correndo do banheiro e digita os números corretos, cessando aquela buzina infernal.

Nesse mesmo momento toca o telefone e ela pede, por favor, para que eu atenda, enquanto acaba de lavar o rosto. Era o moço do alarme. Ele perguntou o que havia acontecido e eu contei, resumidamente, o fato.

Antes de desligar ele agradeceu e disse: “E a palavrinha?”

Mais que depressa eu respondo: “Obrigada!”

Do outro lado da linha percebo que o moço ri educadamente e desliga o telefone.

Achando estranha aquela risada “abafada” e sem nenhum motivo aparente comento o lance com a minha amiga Pâmella que, escutando meu relato boquiaberta, quase tem uma síncope de tanto rir. Quando recuperou as forças, comentou:

- Você é uma antaaaa!!!! A tal palavrinha faz parte da senha. Você deveria ter me perguntado! – e enxugando as lágrimas, despencou na gargalhada novamente.

E eu ia lá adivinhar que a tal “palavrinha” referia-se a uma senha? Ahhh... só acontece comigo essas coisas, viu! Eu, como uma boa professora, que trabalhou tantos anos com Educação Infantil, logo pensei naquelas três palavrinhas mágicas: “obrigada, por favor ou dá licença”...