Gripe
Hoje estou enfermo e de pijama!
a noite, a zombar da minha tosse,
tratou-me qual palhaço e tomou posse
do mal humor que deita em minha cama.
Uma aspirina! Minha dor reclama.
O ar teima em brincar no meu pulmão!
Quiçá uma cachaça com limão
há de manter acesa a velha chama!
A gripe, minha nova companheira,
sufoca-me de beijo e catarro
e ri da minha tosse, e tira sarro
da febre e da corisa costumeira.
Não fosse a mão gentil a enfermeira
até o meu coração ia pro barro.
Lá fora, o panelaço do meu bairro
parece ecoar na casa inteira.
Hoje estou enfermo e de pijama!
a noite, a zombar da minha tosse,
tratou-me qual palhaço e tomou posse
do mal humor que deita em minha cama.
Uma aspirina! Minha dor reclama.
O ar teima em brincar no meu pulmão!
Quiçá uma cachaça com limão
há de manter acesa a velha chama!
A gripe, minha nova companheira,
sufoca-me de beijo e catarro
e ri da minha tosse, e tira sarro
da febre e da corisa costumeira.
Não fosse a mão gentil a enfermeira
até o meu coração ia pro barro.
Lá fora, o panelaço do meu bairro
parece ecoar na casa inteira.