HUMOR – Um timaço para avicultor – 04.07.2011

            Esperei ontem com muito interesse e ansiedade a briga de galo entre Brasil x Venezuela, pela Copa América, que se realiza na Argentina, notadamente após o time da casa haver empatado com a fraca equipe da velha Bolívia, de Evo Morales, pelo placar de um a um, com um gol já ao apagar das luzes da partida.

            O selecionado brasileiro, tratado com ração balanceada, chaleirado e colocado nas nuvens, badalado, assim como o dono do mundo, demorou a entrar no galinheiro, e o mesmo fizera seu adversário. Do nosso lado a justificativa foi que eles esperavam se divertir num lago, todavia quando viram aquela área bastante verde fincaram os pés para não entrar. Tanto o Ganso como o Pato queria mostrar suas qualidades nas águas geladas do território portenho, e por um fio não entraram nas garras de um cachorro que adentrou o campo no decorrer da briga.

            Enfim, veio a ordem definitiva: O time tinha de jogar, de enfrentar o fraco adversário, num amontoado de pintos que apenas saíra da casca do ovo, ainda sem forças. Mas não é que o nosso selecionado piou para conseguir entrar na área penosa do outro lado, preferindo alçar a bola no poleiro, mas sem consequências! Pensa-se que faltou vacina ao plantel verde-amarelo. Do jeito que a coisa caminhava não haveria gol nem na hora do galo cantar.

            O Mano Menezes que se cuide, do jeito que ele está pondo as aves pra jogar nunca dará certo à frente do time canarinho, porquanto ele só sabe repetir as instruções, assim feito papagaio ou periquito, como queiram, nada inova. Quem sabe as avezinhas não estavam com a tal gripe aviária, que dizimou milhões da espécie pelo mundo! No final, culpou a grama, pois os pequeninos animais adoram milho. Todavia, o estrume que lá deixaram vai tornar o gramado mais vistoso e vigoroso.

            Quem acompanha futebol sabe que a coisa mais clara é não se congestionar o peito do campo, isto é, o meio, mas sim explorar as asas, tanto a direita como a esquerda. Preferiram entrar fechando na marra como se fossem perus famintos e doidos pra afogar o ganso, mas sem conseguir nada. E ainda não querem que a mídia gema com tal resultado.

            Talvez fosse melhor fazer algumas alterações, porquanto dá pena não se ver um urubu, ave muito forte e decidida, fazendo a ligação entre o ataque e a defesa. Aliás, seleção sem atleta de Pernambuco nunca vai pra frente. Aqui nós temos o pássaro preto, ou anum, que é o famoso Íbis; o periquito, que é o América; o carcará, que é o Salgueiro. Mais ainda, se quiserem um animal bem feroz aí temos o ex-leão, que virou boi bumbá, que é o Sport Recife.

            Faltou sabedoria ao treinador adversário, pois se colocasse uma raposa na defesa não teria somente empatado, mas comido todas as nossas penosas. O resultado final é que gorou tudo, um fracasso. Temos de mudar a postura do nosso ataque, assim como transformar a criação para produção de corte e não de ovos. Talvez se jogássemos contra o time da Guiné ou da Angola a coisa fosse outra...

              Ciscando só para trás não se ganha nada...

Ansilgus

Em construção/revisão.