UM GATO DESCONHECIDO



De olhos arregalados
Mas parecia não ver
Estava tão assustado
Que só queria correr...

O coitado do gatinho
Corria pra todo lado,
Foi quando dei um jeitinho
De tentar encurralá-lo...

Porém, enquanto eu tentava
Segurar o tal gatinho
Assustado ele me unhava...
Soltei então o bichinho.

Chovia e trovejava
E o coitadinho corria
Corria em disparada
E da chuva não se escondia.

Corria desesperado
Pra todo lado que dava,
Até que descontrolado
Desabou na enxurrada.

Coitado do pobre do gato
Que não sabia nadar
Depois de ter me unhado
Num bueiro foi parar...

Tentei salvar o bichinho
Mesmo tendo me mordido;
Não consegui, coitadinho
Do gato desconhecido.



Fortaleza, 23/06/2011