DELEGADO MARIANO - 2
Velho Mariano. Não sei por que não era ainda aposentado. Delegado desde que eu me entendo por gente, nunca o vi tão enrolado como quando teve que dá resolução a um caso típico em dias de carnaval. Entorpecentes.
Cidade muito pequena tudo vira escândalo. Luizinho de Zé Pereira veio passar o carnaval na casas dos avós e trás uma caixa de lança – perfume pra vender pra rapaziada no Mercado Municipal (que era onde ocorria os bailes de carnaval). Levou azar! Deduraram o moleque e a polícia o levou pra o xilindró juntamente com sua caixa de lança – perfumes – ainda cheinha, que fica na delegacia como prova nos autos.
Essa conversa chega ao ouvido do promotor da comarca (que a sede é na cidade vizinha) e esse, liga dias depois para o Delegado Mariano pra ter informações a respeito do Caso:
-“Delegado Mariano... Aquele caso da lança – perfume... O senhor já apurou alguma coisa?”
O pobre do delegado inocente:
- “ Sim.... doutor! Mas não apurei quase nada homi!... aquela ‘bicha’ é ruim demais de vender!”