Não revelo o nome

Tinha um nome tão desconexo

E a sua vergonha era o reflexo

Sempre atendia pelo apelido

Mas pelo nome não dava ouvido

Se alguém queria fazer intriga

Sua identidade, virava briga

A sua marca vem do batismo

Mas o jogava em um abismo

Nunca mostrava o seu registro

Para se esquivar usava Cristo

Para sua mãe ele era um xodó

Seu nome era homenagem a avó

Já como adulto ainda era o Nenê

Não leiam em voz alta o seu RG

Ainda vai se livrar do insucesso

Mudar seu nome virou processo

Ao pé do ouvido do magistrado

Contou o quanto era insultado

O juiz deu a sentença indignado

Seu nome hoje é ....... do Prado

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 05/06/2011
Reeditado em 05/06/2011
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