CULPA DO DEFUNTO

Essa eu ouvi do filho do protagonista.

Um senhor, gente muito simples, lá pelos anos setenta elegeu-se vereador da minha cidade.

Comprou para a posse, um terno xadrez que estava na moda. Depois disso só voltou a usá-lo para ir a um velório de um conhecido.

Ao retornar deixou sua esposa desesperada com sua atitude.

Passou a mão numa faca de cozinha e num gesto de fúria passou a estraçalhar o terno.

A esposa perguntou assustada:

___Você está ficando louco, homem de Deus?

___Não, minha véia, eu estou é louco da vida!

___Mas por que tudo isso?

___O lazarento do defunto estava usando um terno igualzinho o meu!