Entrelaços
Sou de opinião que há um entrelaço entre todas as coisas deste mundão de Deus, e não apenas nas religiões, sociedades, clubes ou famílias. Assim como sou Amorinn (devendo em tudo entranhar amor), os nomes próprios, penso, necessitam ter íntimo entrelaço com a pessoa que denominam ou com a profissão que exercem. O vigário local Pe Simão, por exemplo, tem um nome muito adequado às suas atividades clericais, pois, com as mãos abençoa, consagra, dá a comunhão, batiza, folheia a Bíblia. Vive o Pe.Simão em função da mão. Já o seu irmão que joga futebol lá pros lados de Varginha se não se chamar Sipé, é porque está tudo errado ou, no mínimo incoerente. Nossos vizinhos em Ilha Bela, família nascida, criada e crescida a beira mar, na minha opinião só seria autentica se o pai se chamasse Arenildo e a mãe Ondina, justificando o nome das duas mocinhas Mar-ia e Mar-vinha. Ainda tem a Marli, mas essa acho que é adotiva... Ali, na Praça do Mercado, o Rambalducci, exímio sapateiro e não menos prateleiro da Banda Sinfônica, em razão do raciocínio e da lógica, pôs nas duas filhas, nomes ideais: Clara e Gema, Vivem as duas senhoritas militantes sem se largar. A Clara, clarinha: a Gema, mais rosadinha. O pai de em grande amigo e colega dos tempos da faculdade deu-lhe por nome Ocílio Pestana de Oliveira. Mas a mãe só concordou, depois de muito reclamar se a menina que iriam ter fosse Sobrancelha. Nasceu e cresceu e os dois têm mania de chorar juntos. Tem sentido... ou sentimento. O Santo Padre Bento, tão zeloso em questões doutrinais e canônicas, por motivo de coerência deveria exigir que o clero dirigisse as procissões guiando um Pálio. Não precisa ser 0km, mas a marca seria obrigatória para não desconectar o sagrado da vida deles.Certinha mesmo, encaixada como luva, é a zaga da Seleção Argentina: Cláudio, Mancuso e Belcochea. O primeiro, claudica; o outro, manca e, o terceiro, coxeia. Neimar neles. Por questões de código de trânsito, ao qual não sou muito afeito, vou deixar de mencionar os guardas rodoviários da rodovia Dom Pedro I, Altair e Altavir. Baianos de altergo inflado! Registro, contudo, por uma questão de supremacia o casamento da Amanda com Obedecino. Suponho que devido a insistentes sugestões, o Tadeu da Farmácia concordou em produzir uma filha para dar-lhe o nome de Tetira, a fim de manter a união entre pai e rebento e a sucessão no labor de afastar dores. Para terminar este ensaio sobre a correlação entre as palavras, seus sons e sentidos, la vai mais uma infâmia: o Amarildo para não perder o gosto pelo bom caminhoneiro que foi, ama Aída, e adora voltar para ela..