Pinocchio, uma nova perspectiva.

[Antes de mais nada: que fique bem claro que eu gosto e muito desse filme.

Mas, fui desafiada pelo meu professor de Edição de Texto I a fazer um texto "do contra".]

Ok, Pinóquio. Um grande clássico da Disney, que ajuda as crianças a perceberem o que é certo, o que é errado e blá blá blá.

Vamos partir do princípio que a história trata de um menino de madeira, que quer ser um menino de verdade. Que coisa mais surreal é essa?

Até crianças de 2 anos com certo déficit de conhecimento achariam essa história um tanto quanto suspeita, mas tudo bem. Só que o mais surreal não é isso, o mais bizarro é o Sr. Gepeto, um velhinho muito do simpático, engolir essa história um tanto quanto fácil.

Vamos perdoar esse detalhe e prosseguir.

(O que poderíamos esperar de um velho que tem uma profunda amizade com um peixe e um gato? Não é mesmo?)

Na sequência, surge do absoluto NADA uma fada com aquela desculpinha que pediram para uma estrela cadente e tudo mais.

Mais um clichezão para a moçada!

Dona Fada aparece, UM GRILO QUE POSSUI APARELHOS FONADORES QUE ARTICULAM (Ai, meu Deus, estamos incentivando `as drogas...) SE APAIXONA POR ELA (o importante é manter a bizarrice...) e ela transforma um inocente bonequinho de madeira (que era até bonitinho) numa bagaça que fala e anda sozinha, MAS QUE NÃO É UMA PESSOA DE VERDADE! Existe algo mais assustador? Acho que não!

Continuando com esse universo paralelo, Gepeto acorda, vê o “troço”, tem meio “mol” de susto e já transforma o ser bizarro na “pessoa” mais importante da vida dele.

Quem é esse velho, meu? Por que ele faz isso?

Óbvio que é porque ele é completamente sozinho e toma remédios demais.

Olha, vovô, os remédios para pressão estão alterando o funcionamento do seu cérebro.

No dia seguinte ao ocorrido, a “criatura” já é obrigada a ir à escola.

(Meu, o cientista que criou Franksntein foi mais bacana com ele. Alguém obrigou o monstro a ir para a escola? Óbvio que não, alguém já viu o tamanho dele? O Pinóquio não passa de um gayzinho disfarçado de boneco de madeira. Que coisa altamente homosexual!)

Lógico que ia dar errado! Na primeira oportunidade, o boneco já se desvirtua. E a culpa é do grilo, que, supostamente, era para ser a sua consciência.

(QUEM CONFIA EM UM GRILO PARA TE DIZER O QUE É CERTO E ERRADO? E O QUE UM GRILO PODE DIZER DE CERTO E ERRADO? #BEEEH Você está fazendo isso errado, Disney!)

A partir daí o negócio vai escada abaixo.

Se já não bastasse o Pinóquio ter virado atração de um show de marionetes (único momento coerente do desenho!), aquela raposa bizarra e mal vestida que o fez faltar na escola logo de cara o leva para o mal caminho novamente.

(Sim, já falei, um boneco de madeira com tendências homosexuais não tem poder algum de discernimento)

O bambuzinho é levado para um tal ilha dos prazeres, lugar que qualquer menino maloqueiro, mal criado e VÂNDALO gostaria de estar. Coisa linda! Pinóquio faz uma coisinha errada (faltou á aula! ÓÓÓÓ!) e já é tachado de marginal. (Se ele fosse brasileiro, seria presidente!) Tá bom! Chega lá no tal lugar e depois de um dia inteiro de suposta diversão, vira um burro.

Vamos lá: 1º Ele não era um menino de verdade, certo? Se esse tal “feitiço” da ilha funciona só com meninos, por que funcionou com ele? ÔÔÔ, Disney, me vê um pouquinho de coerência? Obrigada!

2º POR QUE DIABOS OS MENINOS VIRAVAM BURROS? Ok, Disney, quer dar lição de moral, faça direito. Faça algo que tenha algum sentido. Burros não dão lucro em nenhum mundo. Por quê existiria alguém que gostaria de levar os meninos malvados para uma ilha para transformá-los em burros? Desculpe, não rolou!

Daí vamos para a cena do Pinóquio indo atrás do seu pai, o Gepetão, que se encontra dentro de uma tal baleia gigante. As circunstâncias que Pinóquio e Grilo sabem dessa informação já não fazem sentido, mas vamos para a cena em si.

Gepeto VIVE dentro da barriga desse bicho e se alimenta dos peixes que ela come. QUE COISA MAIS NOJENTA. O cara é um parasita então! Ele está dentro da pança da baleia com um barco, um gato E UM PEIXE DENTRO DE UM AQUÁRIO.

Por favor, não vamos transformar nossas crianças em seres com profunda demência!

Bom, aí o Pinóquio, com toda sua “astúcia” (em que lugar do toco de madeira fica o cérebro dele? Tô confusa! ) não só entra na baleia, como consegue tirar todo mundo de lá e sai como herói.

Posso com isso?

Daí, a galera decidiu que ele não era mais do mal (sim, porque, desde o princípio, ele tinha uma péssima índole.) e a Dona Fada o transforma em um menino de verdade.

Seria lindo, se não insultasse a minha inteligência.

Ô, Disney, na próxima, me liga!

Patty Maciel
Enviado por Patty Maciel em 26/05/2011
Reeditado em 23/08/2011
Código do texto: T2995358
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