HUMOR – Vexame

 

HUMOR – Vexame – 13.05.2011

 

            Somente ao me lembrar desse fato já começo a rir. Não tem como, fazer o quê? Eu o acho engraçado, porém há pessoas que não gostam, mas o que falo é a pura verdade.

            Gerenciava a Agência do Banco do Brasil, a antiga Metropolitana Santo Antônio, Recife, hoje Dantas Barreto. Meu gabinete era no terceiro andar, mas eu sempre detestei essa história de elevador, notadamente depois da implantação de pontes safenas no meu carinhoso coração, que enfartou muito mais por amor do que por decepções.

            Pois bem, lembro-me que numa segunda-feira ao chegar ao banco, vindo de um domingo de cervejada, panelada, buchada e outras “adas”, entrei nesse ascensor e comigo umas quatro pessoas. Eu vestindo um terno azul marinho, numa elegância dos seiscentos diachos quando, de repente, senti que havia saído do fim da espinha dorsal, do ânus quero dizer, uma camada de ar bem sutil e silenciosa, um sopro maligno.

            Sério estava e assim fiquei. Todos os demais se entreolharam, até mesmo uma linda senhora que nos acompanhava. Em mim ninguém pôs a vista, talvez pelo respeito indevido a um emissor de gás envenenado. A verdade é que o traque tomou conta do ambiente e até eu já estava agoniado para sair, mas teria de esperar, claro.

            Finalmente chegou e saí rápido como uma bala. Minha secretária veio ao meu encontro e tive de despachá-la dizendo-lhe: Sabe Esmeralda, não estou aqui pra ninguém, pelo amor de Deus. -- “Pois não, doutor, pode deixar, respondera”. Entrei no gabinete, fechei a porta, o ar condicionado ligado, mas aí a coisa piorou, pois o danado do vento me seguiu entranhado na minha roupa, parecendo que congelara.

            Abri todas as janelas, a fim de entrar um ar mais puro e quente, com a ideia de dissipar aquele miserável pum. Até que, finalmente, o danado se desmanchou acho que nas nuvens e me deixou em paz, mas com um lembrete de que poderia voltar em outras oportunidades.

            Um amigo meu quando lhe contei esse episódio ele foi logo dizendo que tive sorte, pois aquilo “era um telegrama do bumbum dizendo que a merda estava a caminho”... a risadaria foi geral.

Ansilgus

Em construção.

ansilgus
Enviado por ansilgus em 15/05/2011
Reeditado em 16/05/2011
Código do texto: T2972099
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