Mãe é tudo igual, até no nome delas e dos filhos

Eu e um amigo (um daqueles da história dos 3 patetas na Amazônia) saímos da minha casa para a casa dele.

A esquina logo alí era muito perigosa, já havia acontecido vários acidentes, muitos com morte.

Nessa noite, mal a gente tinha acabado de sair, CRRIIINNNNNNNNNNN... BLAAAAAAAMMM.

Um carro havia se encontrado com outro lá na dita esquina. Um encontro bem marcante.

Minha mãe ficou apavorada, correu pra lá, não me viu, nem ao meu amigo. Correu pra casa, ligou para a casa dele. A mãe atendeu.

- Alô, é a dona Olga, mãe do Paulo?

- É sim.

- Aqui é a mãe do Eduardo.

- Ah, oi, tudo bem com a senhora?

- Eu tô muito preocupada. Eles sairam daqui faz  um tempo, mas aconteceu um acidente aqui perto, logo depois que eles saíram. Os meninos já chegaram aí?

- Já, não se preocupe. Eles "tão" bem.

- Ah, que bom. Graças a Deus. A gente fica tão preocupada. E a senhora, como vai?

- Vai tudo bem, obrigada.

- Eu queria falar com o Eduardo.

- Ah, eles acabaram de sair e já foram pro teatro.

? ? ?

- Teatro?

- É.

- Mas o Eduardo e o Paulo não vão pra teatro...

- Mas eles foram.

- Mas, é a dona Olga, mãe do Paulo, que tá falando.?

- Sou sim.

- Do Paulo, amigo do Eduardo?

- É.

- Que mora na Aparecida?

- Não (aí ela disse onde morava).

- Ah, ahahahahah, desculpe. Não é a senhora, mas que coincidência!

- É mesmo, rsrsrsrs.

Naquela noite minha mãe soube que havia mais uma Olga, mãe de mais um Paulo, que era amigo de mais um Eduardo.

Ainda bem que as mães hoje chamam seus filhos de Wenderllaio, Jgenyyfer, Djeisyclaudio, etc.

Vivam os nomes incomuns.