È proibido falar em bandas ,duplas ou grupo musicais.
Ai os dois compadres conversam:
-OI cumpade,tudo bem?
-oxe ta bom demais sô.
-Ocê tava ai distraido cantando que nem me viu chegar.
-È cumpade tava aqui lembrano dos tempo de Zé beto,dos pagode de Tião carrero,moda de verdade.
-Pois num é home hoje no rádio e na televisão só passa putaria,onte mermo eu vi uma loira e uma morena quase pelada, segurando um tal de um tchan,que chega me deu uns arrepio,pegava com as duas mão bem em cima do bicho.
-O rádio la de casa nem pilha compro mais,fico azucrinado quando termina o jorná e vem aquelas muscas bestas,de nome esquisito,é um tal de toma gostosa lapada num sei onde,pouca vergonha home de Deus.
-È cumpade é fim de era mermo,mas cumpade deixa essas bestera pra lá,e nossa pescaria,sai ô num sai?
-Sai sim cumpade,eu tô doido pra chegar lá e tchacabum n´água.
-Eu é pra cumê uma peixada com suco de pimenta,dessas pimenta de cheiro.
-É cumpade,mas da derradera veis aquela Moleca sem vergonha,estragou tudo com aquela Calçinha preta saindo aquele Babado novo.
-Vixe cumpade nem me lembra home,chego sentir o cheiro de amor,ai aquela gatinha manhosa,me deixa de camisa suada,até a dor do corpo vai embora ,sem saber se foi o Mastruz com leite,que bebi hoje cedo ou foi o limão com mel da semana passada.
-Home eu acho que foi aquela menina faceira mermo,com aquela saia rodada,só tomando um cacau com leite pra aguentar aquele chero de menina,quando arriba a saia,da até vontade de provar aquela saliva doce, abanaê cumpade que tô pegano fogo igual um calango aceso,só de pensar naqueles mamaozinhos magnificos.
- Vamo no forró cumpade ?
-De pé?
-Não vamos como dois cavaleiros do forró,com bota rasgada,calça rasgada,e o arreio de ouro que pra não fazer feio,arrastar a chinela até o dia amanhecer.
-Cumpade ta pensano em dar uma iscapulida,cuidado que a cumade Eva é o raio da silibrina,com aquela noda de caju no pescoço,segurando aquele cavalo de pau.
-Ô vassorinha pra duer cumpade,parece um terremoto,jogano carrapicho na gente.
-Mas ela tem a fala mansa cumpade.
-È mansa só quando tá na frente das visitas,quando num tá é só vacilar um tiquim e la vem ela com a colher de pau,naquela casaca de couro,azeda que só uma pitanga,parece até mastigano chiclete com banana,e quando ela ta braba assim quem sou eu pra entrar no quarto da patroa,ou durmo no sofá ou na dispensa,só esperando ela me chamar e dizer me leva,me leva que eu tô lordão,ai eu digo deixa entrar um raio de luz minha véia pra nois fazer um enbalo 4,a muier safada cumpade,com sua banda cheia de estilo, pensano que sou Marcelo ou Marrone,provano de minha raça negra,só pra contrariar,cariciar toda ,mas a revelação maior é que com a idade agente vai precisando de um mel com terra,principalmente agente que futuca,a flor de maracujá,pensano num anjo azul,pra fazer aquele angú de caroço,ai Filomena ,bagaçeira ô mulher mentirosa sô,nunca fui na toca do vale buscar seus dominius,com aquele cheirinho de flor de ébano,só pra balancear,fazer uma mistura quente e vire e mexe a coisa perde o reflexo e te deixa um crocodilo de raiva com a cueca branca,doido pra ser uma fênix e ressurgir das cinzas contemplando a mirragem com gula ,lembrano dos finados quando eram mamonas assassinas.
-Cumpade do jeito que tu fala deu até vontade de ir pra casa,saborear o tchan de minha véia,até mais cumpade.
Viu não falaram em nome de bandas de jeito nenhum.
Serra do Ramalho Abril de 2005.