A mulher e sua cacofonia.

A MULHER E SUA CACOFONIA.

HUMORISMO.

Honorato Ribeiro.

Houve uma briga entre dois vaqueiros, no caminho de quem ia para a cidade. Eles, cada um com uma guiada nas mãos gradeavam-se furando com o ferrão da guiada um ao outro. Ambos ficaram feridos. Naquele momento iam passando duas mulheres e apartaram a briga, mas tiveram que ir à delegacia como testemunhas. Chegando lá, o delegado perguntou uma das mulheres:

-Diga-me como foi a briga? Respondeu a mais faladeira:

-Doutô, nois saimo lá de casa muito cidim. Tomemo café cum rosca e fumo.Eu cum mia fia e mia cumade cá dela. Cheguemo no camim, topei dano. Um home dano no outro cum a vara de toca gado...(!?)

O delegado de boca aberta sem entender bulufas nenhuma ficou de boca aberta olhando para a conversa da matuta. Então ela disse para o delegado:

Douto, me adispacha qui eu quero mi já pois já ta pingano, pois eu deixei os mi já seco no terreiro e num poço deixar moiá...

-Onde é que a senhora mora?

-Nois mora no Saco. (Saco era o nome do lugar). O delegado admirado com o nome lhe perguntou:

-No Saco?!

-Quer dizê, num é mermo no Saco, doutor, é pru baixo do Saco uma coizinha.

-Valei, meu Deus! Raaaaaaa.

hagaribeiro. 28-04-2011.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 28/04/2011
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