'' ERNESTINA ''

            Mulata fina, lisa de pele com tudo em cima, coisa de loco, casada com o nego Bastião, e loco por ela o doido do negão, vivia brigando com Deus e todo mundo por causa de ciumes, tambem!!! pudera!!! com aquele monumento cada dia ficando melhor e ele indo cada vez para a pior, quem não ficaria?, ele ficava, louco babava e pior todo dia...mas chega um dia que cansa...como cansa!!! e Tião ultimamente vivia caidasso, um bagasso, abatido, sem forças para nada e muito menos para ''aquilo'' que sua Tina tanto pedia, implorava, queria...coitado do Bastião!!! dava do' ve-lo agora andando pelas ruas, devagar quase parando e de espinhela caida...pobre!!!

           E a linda mulata Ernestina que estava chegando nos trinta cada vez mais mais, aos vinte ela tinha sido a mais linda mulata, a moça, a mulher que a cidade ja' tinha visto nascer e por aqui crescer, e nestes dez anos uauuuuuu!!! e agora balzaqueana tinha um corpo de levantar defunto macho, e femeas tambem, do cemiterio do Fundão, e levantava outras coisas mais em tudo que era lugar por onde passava e principalmente em frente da padaria do Luis portugues, o coitado quase morria, ela vinha vindo e ele ja' cossando o bigode, e o saco tambem, ela passava, ele falava, ela ria, ela ia embora rebolando ele corria pro banheiro...e isto era todo santo dia.

          E uma noite Bastião não aguentou,trepou e morreu, estorou o coração do negão, de amor que sentia , de tesão e de ter comido muito e ir fazer amor com Ernestina a mulata nota mil...e no dia seguinte no enterro a linda mulata Tina toda vestida em um vestido roxo beliscão, sapatos e bolsas da mesma cor,  veu preto e lenço branco na mão, sinal de paz, sinal de '' rendo-me'' 'a voces, no velorio chorava baixinho e bonitinho como manda o figurino das viuvas ainda jovens e comportadas e na hora do cortejo pelas alamedas sombredas la' ia ela seguindo a carreta que levava o seu Tião embora, e so' dava ela de mulher no meio da homarada da cidade, mulheres tinham mas la' traz, fazendo fofocas e rindo gostoso e Luis, o portuga da padaria com a mão espalmada na ''padaria'' da Ernestina, que nem ligava agora, fazendo a alegria da galera...feliz estavam , sabiam que depois de tudo consumado e enterrado seria a liberdade geral...ela, Ernestina, a mulata sensual e sensacional iria liberar geral......ledo engano!!!

            Casou com Luis portugues, dono de padarias e supermercados, e' rica, finge e posa de ciumenta, cuida de tudo com carinho e Luis o portuguesinho não tem do que se queixar...da' conta do recado direitinho, tem ate' ja' tres mulatinhos...e Ernestina traz no bucho agora uma linda mulatinha....poderosa Ernestina!!!!
AMELIA BELLA
Enviado por AMELIA BELLA em 24/04/2011
Código do texto: T2927318
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