... DE BÊBADO NÃO TEM DONO...

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Era sempre assim, todo final de semana os quatro amigos, após trabalharem a semana inteira, iam para um rancho construído à beira do lago da represa de Três Marias, pescar e beber seus goles. Um deles era mais manguaceiro do que os outros, após comer e beber como um cavalo, deitava e ia “jiboiar”, deixando o serviço de arrumação da cozinha para os outros.

Os outros três já cansados da preguiça do outro, combinaram dar-lhe uma lição. Certo dia, o pinguço bebeu todas, comeu bastante e deitou-se de bruços em um dos colchonetes e ferrou no sono. Roncava como um barrão. Havia deitado somente com um largo calção, que, quando ele se abaixava, deixava à mostra suas nádegas. Um dos colegas desceu um pouco mais seu calção, pegou um ovo, quebrou-o e jogou fora a gema, despejando a clara no fiofó dele. Um deles disse:

-Cuidado, não vá acordá-lo! O outro respondeu:

-Que nada, ele tem o sono pesado, podemos jogá-lo na cacunda e jogá-lo na água que ele não acorda.

Outro pegou um vidro de pimenta e despejou uma gota do caldo no fiofó dele. Arrumaram a cozinha e ficaram esperando que ele acordasse. Lá pelas tantas ele acordou com o rabo ardendo. Os outros jogavam baralho como se não houvesse acontecido nada. O pinguço levou a mão no traseiro, por dentro do calção e saiu com os dedos impregnados de clara de ovo. Ele olhou aquela coisa gosmenta suspeita, sem entender nada, e os outros três começaram a rir. Ele perguntou o que tinha acontecido. Um deles respondeu:

-Você estava apagado e com a bunda pra riba e como o Vito estava muito atrasado, aproveitou e te comeu. C... de tonto não tem dono...

O sujeito possesso levantou-se e passou a mão em um facão, o outro, levantou-se e saiu correndo, dizendo que era brincadeira. Ele não quis ouvir, e saiu correndo em sua perseguição. O Recurso foi o sujeito pular na água e atravessar para o outro lado do lago...

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