Picture by gijavera
OBS: Apesar de ter sido escrito em 1987, este texto revela-se, ainda hoje, bastante oportuno.
As origens do C.P.P.
Numa noite de luar, a Lua, camuflada pela sombra de uma nuvem, apresentava-se triste e indignada, porque as estrelas resolveram zombar dela e exibiram o seu brilhar, numa dança nada pacifista e muito mal intencionada. Tiveram mesmo a distinta lata de lhe dizerem, que, com um brilho baço como aquele, jamais entraria para a C.E.E., e que o último lugar vago à porta desta, já tinha sido ocupado por um Extra-terrestre gorducho de bochechas coradas e descaídas que dizia chamar-se Mário, e que provinha de uma galáxia chamada “Porto Calos ao estrangeiro”.
Então, a Lua, num acesso de fúria incontida, revoltou-se e resolveu transformar-se em Sol… um Sol tão amarelo, quanto ardente. Nesse mesmo dia, a Lua que já não era Lua, para se vingar do intruso que lhe roubara o lugar, brilhou tão intensamente, que derreteu a mioleira `a maior parte dos habitantes de “Porto Calos ao estrangeiro”, mas em particular, a um espécime bastante abundante aí, a que se convencionara chamar de professores.
Estes, que anteriormente se mostravam submissos e trabalhavam que nem bestas, desatinaram e tentaram destruir a ala do M.E.C. (Movimento Espacial de Corrida), com exigências: promoções e revisões salariais, entre outras. Escusado será dizer, que não foram bem sucedidos, e que em resultado da sua subversão são considerados por muitos portocalenses, uma raça excomungada.
A partir daí, o desatino foi recíproco.
Hoje, este espécime, apesar das tentativas de extermínio a que tem sido submetido ainda sobrevive, decidiu que “PARA SALÁRIO IGUAL…TRABALHO IGUAL!”
Pouco tempo após, a maioria dos professores pertencentes ao M.E.C. (Movimento Espacial de Corrida) resolveram formar o C.P.P. (Clube dos Professores Preguiçosos) aprovando por unanimidade os estatutos do mesmo.
Abril de 1987
OBS: Apesar de ter sido escrito em 1987, este texto revela-se, ainda hoje, bastante oportuno.
As origens do C.P.P.
Numa noite de luar, a Lua, camuflada pela sombra de uma nuvem, apresentava-se triste e indignada, porque as estrelas resolveram zombar dela e exibiram o seu brilhar, numa dança nada pacifista e muito mal intencionada. Tiveram mesmo a distinta lata de lhe dizerem, que, com um brilho baço como aquele, jamais entraria para a C.E.E., e que o último lugar vago à porta desta, já tinha sido ocupado por um Extra-terrestre gorducho de bochechas coradas e descaídas que dizia chamar-se Mário, e que provinha de uma galáxia chamada “Porto Calos ao estrangeiro”.
Então, a Lua, num acesso de fúria incontida, revoltou-se e resolveu transformar-se em Sol… um Sol tão amarelo, quanto ardente. Nesse mesmo dia, a Lua que já não era Lua, para se vingar do intruso que lhe roubara o lugar, brilhou tão intensamente, que derreteu a mioleira `a maior parte dos habitantes de “Porto Calos ao estrangeiro”, mas em particular, a um espécime bastante abundante aí, a que se convencionara chamar de professores.
Estes, que anteriormente se mostravam submissos e trabalhavam que nem bestas, desatinaram e tentaram destruir a ala do M.E.C. (Movimento Espacial de Corrida), com exigências: promoções e revisões salariais, entre outras. Escusado será dizer, que não foram bem sucedidos, e que em resultado da sua subversão são considerados por muitos portocalenses, uma raça excomungada.
A partir daí, o desatino foi recíproco.
Hoje, este espécime, apesar das tentativas de extermínio a que tem sido submetido ainda sobrevive, decidiu que “PARA SALÁRIO IGUAL…TRABALHO IGUAL!”
Pouco tempo após, a maioria dos professores pertencentes ao M.E.C. (Movimento Espacial de Corrida) resolveram formar o C.P.P. (Clube dos Professores Preguiçosos) aprovando por unanimidade os estatutos do mesmo.
Abril de 1987