TRANSA INTELECTUAL
TRANSA INTELECTUAL
Duas pós-adolescentes, ex-patricinhas; hoje funcionárias de uma fabriqueta de artefatos para prazer sexual, estavam trocando experiências no assunto.
FRANCISKELLY: - Conheci um cara rico e legal paca!
KARLAJANNY: - Ele te levou para cama?
FRANCISKELLY: - Primeiro ele me pegou aqui na porta da fábrica, de carro é claro! Abriu a porta para mim. Não fez como estes pés rapados e fedorentos daqui da fábrica, que empurram a gente para dentro de ônibus lotados e ficam se esfregando.
KARLAJANNY: - Nossa! O que aconteceu depois?
FRANCISKELLY: - Levou-me para jantar, num restaurante chique! Pouca luz, todos falando baixinho, pratos com nomes em francês. Uma pena! Bem pouquinho no prato.
KARLAJANNY: - Ah! O que mais? Vamos conta!
FRANCISKELLY: - Levou-me para seu apartamento, não fez como estes “Zé povinho” que você conhece que levam a gente para cada mafuá. Quando não para o mato.
KARLAJANNY: - E depois?? E depois???
FRANCISKELLY: - Apagou todas as luzes, deixou só o abajur aceso, colocou um CD de música bem suave, que ele chamou de jazz ou alguma coisa assim.
KARLAJANNY: - E daí?? E daí???
FRANCISKELLY: - Me pôs para pegar no pênis dele.
KARLAJANNY: - Pênis? O que é isto?
FRANCISKELLY: - Ah... É o que conhecemos por caralho, só que bem menor e molinho.
Julho/1988