Streap-tease!
Sandra Mara
Eu já nem digo que pago mico. São gorilas, todos parentes do King Kong! Sou daquelas figuras que adora pegar a estrada e sair por aí. Era setembro e estava havendo uma comemoração da Independência do Brasil em Nova York . Eu já havia desisitido de ir pra lá naquele final de semana, mas como a figura aqui não fica quieta e a humanidade não dava sossego, resolvi ir no último minuto. Umas ligações rápidas e a trupe estava prontinha para cair na gandáia. Fomos dirgindo de Boston à Nova York e chegando lá, festamos e nos divertimos muito. Como era de se esperar, a cidade que nunca dorme estava mais acesa do que nunca. Para entrar no clima, resolvemos literalmente "pintar as caras". Havia um moço por lá, que fazia pinturas no rosto e todas nós aderimos. Pintamos a cara com as cores do Brasil e caímos na folia.
Como tudo o que é bom dura pouco, precisávamos pegar a estrada antes que a carruagem virasse abóbora. Eis que na hora de voltarmos, algumas das meninas adormeceram durante o percurso. Pegamos um atalho para não termos que enfrentar expressway porque o tráfico estava muito lento por lá e fomos por uma rota que passava por dentro das cidades. Para melhorar a situação, perdemos o mapa com as direções de retorno e fomos seguindo apenas as placas de orientação. E o óbvio aconteceu: Nos perdemos! O relógio marcava aproximadamente 10 horas da noite de um domingo e as cidades pareciam cidades fantasmas. Ninguém nas ruas, nem pra uma dica. Até que encontramos um local com vestígios de civilização, cheio de gente e tudo por lá parecia festa. Pelas luzes, achamos que fosse um clube ou coisa assim. Paramos o carro e supresa!!!! Nos vimos cercadas repentinamente por um bando de homens, pulando feito loucos, falando todos aos mesmo tempo, batendo nos vidros do carro e nem sequer nos deixavam falar. Foi um "Deus nos acuda" até que finalmente descobrimos a razão de tamanha euforia. O tal lugar era sim um clube, mas um clube de "streap-tease" e justamente naquela noite as "meninas" não haviam dado o ar da graça para cumprir o expediente e os marmanjos estavam lá desesperados e eufóricos, fazendo aquela festa porque acreditavam que nós éramos as tais. Ô sufoco!! Eu procurava um buraco pra me esconder e não achava. Por que será que nunca tem um buraquinho por perto quando a gente precisa de um? Àquela altura já não sabia se queria morrer ou se matava a bendita alma que me fez o favor de perder o mapa. Fala de lá, conversa de cá e ninguém tinha coragem de descer do carro e tentar estabelecer um diálogo normal com os famintos senhores. A cena era cruel. De um lado, eles com aquele ar de "Come here baby. Daddy is going to take good care of you". Do outro, nós apavoradas com aquela situação. Até eles entenderem que tudo o que queríamos era encontrar o caminho de volta pra casa... foi uma novela. Eles querendo show e as danadonas dando aquele show de desespero. Mó mico! Finalmente, chegou a polícia e as coisas foram esclarecidas. Quando encontramos a estrada de volta pra Boston, nada mais nos restava a não ser rir muito de todo o mal entendido.
É como eu sempre digo: Seria trágico, se não fosse cômico.
Moral da estória: Nem sempre o atalho encurta o caminho.
Sandra Mara
Eu já nem digo que pago mico. São gorilas, todos parentes do King Kong! Sou daquelas figuras que adora pegar a estrada e sair por aí. Era setembro e estava havendo uma comemoração da Independência do Brasil em Nova York . Eu já havia desisitido de ir pra lá naquele final de semana, mas como a figura aqui não fica quieta e a humanidade não dava sossego, resolvi ir no último minuto. Umas ligações rápidas e a trupe estava prontinha para cair na gandáia. Fomos dirgindo de Boston à Nova York e chegando lá, festamos e nos divertimos muito. Como era de se esperar, a cidade que nunca dorme estava mais acesa do que nunca. Para entrar no clima, resolvemos literalmente "pintar as caras". Havia um moço por lá, que fazia pinturas no rosto e todas nós aderimos. Pintamos a cara com as cores do Brasil e caímos na folia.
Como tudo o que é bom dura pouco, precisávamos pegar a estrada antes que a carruagem virasse abóbora. Eis que na hora de voltarmos, algumas das meninas adormeceram durante o percurso. Pegamos um atalho para não termos que enfrentar expressway porque o tráfico estava muito lento por lá e fomos por uma rota que passava por dentro das cidades. Para melhorar a situação, perdemos o mapa com as direções de retorno e fomos seguindo apenas as placas de orientação. E o óbvio aconteceu: Nos perdemos! O relógio marcava aproximadamente 10 horas da noite de um domingo e as cidades pareciam cidades fantasmas. Ninguém nas ruas, nem pra uma dica. Até que encontramos um local com vestígios de civilização, cheio de gente e tudo por lá parecia festa. Pelas luzes, achamos que fosse um clube ou coisa assim. Paramos o carro e supresa!!!! Nos vimos cercadas repentinamente por um bando de homens, pulando feito loucos, falando todos aos mesmo tempo, batendo nos vidros do carro e nem sequer nos deixavam falar. Foi um "Deus nos acuda" até que finalmente descobrimos a razão de tamanha euforia. O tal lugar era sim um clube, mas um clube de "streap-tease" e justamente naquela noite as "meninas" não haviam dado o ar da graça para cumprir o expediente e os marmanjos estavam lá desesperados e eufóricos, fazendo aquela festa porque acreditavam que nós éramos as tais. Ô sufoco!! Eu procurava um buraco pra me esconder e não achava. Por que será que nunca tem um buraquinho por perto quando a gente precisa de um? Àquela altura já não sabia se queria morrer ou se matava a bendita alma que me fez o favor de perder o mapa. Fala de lá, conversa de cá e ninguém tinha coragem de descer do carro e tentar estabelecer um diálogo normal com os famintos senhores. A cena era cruel. De um lado, eles com aquele ar de "Come here baby. Daddy is going to take good care of you". Do outro, nós apavoradas com aquela situação. Até eles entenderem que tudo o que queríamos era encontrar o caminho de volta pra casa... foi uma novela. Eles querendo show e as danadonas dando aquele show de desespero. Mó mico! Finalmente, chegou a polícia e as coisas foram esclarecidas. Quando encontramos a estrada de volta pra Boston, nada mais nos restava a não ser rir muito de todo o mal entendido.
É como eu sempre digo: Seria trágico, se não fosse cômico.
Moral da estória: Nem sempre o atalho encurta o caminho.