NO MEU AMIGO NINGUÉM BOTA À MÃO!
Fim de ano, festas e mais festas por todos os cantos da cidade.
Mas naquele velho barraco haviam dois seres solitários, que devido o acumulo de trabalho, não puderam voltar á suas terra natal, o Nordeste, onde passariam um feliz final de ano com a família. Os quais puderam estar juntos através da modernidades dos celulares.
Véspera de ano novo, final de tarde ouvindo um forrozinho, foi quando Gumercindo indagou a Zé do Bode!
-Zé do bode, já que tamo só que tal comprar um peru e assar meu bichinho?!
-Só se fô pra hoje arriégua!
Saíram a procura de um peru, o qual não foi muito difícil de encontrar em um Mercado central próximo à sua casa.
De posse do dito cujo penoso voltaram a moradia, ou seja, os seus velho barraco e começaram os preparativos fúnebre do galináceo.
Foi quando Gumercindo sentiu que faltavam alguns temperos para o preparo do Peru.
Gumercindo então incumbiu Zé do bode.
-Zé do Bode cabra da peste, enquanto tu prepara o penoso eu vou buscar mais tempero e uma vez ou ou outra, tu da uma colher de cachaça pro bichinho que é pra carne ficá bem porreta de macia, veio!
É bom frisar de no interior de alguns estados, se usa a pinga que é um bom amaciante de carnes de Peru, uma vez que ela é muito difícil de ser cosida ou assada .Em sendo assim, o peru deglutindo a cachaça ele se torna com a carne mais suave e macia.
Feito isto ,Zé do bode metia uma colher de pinga pela garganta do pobre enorme galináceo, enquanto aproveitava para tomar uma colherada da marvada da pinga também.
Era uma pro Peru e três ou mais colheradas para o seu próprio buxo. Assim se deu uma sequências de colheradas em colheradas de cachaça ate a chegada Gumercindo após, duas horas depois.
Quando Gumercindo adentrou a cozinha, lá estava o dito cujo penoso com uma das asas no ombro do Zé do Bode e o próprio, abraçado ao peru no maior porre que só Deus sabe.
Quando Gumercindo pegou a faca para partir o pescoço do dito cujo meliante penoso juramentado, Zé do Bode corre e pega outra faca e grita pro Gumercindo:-
-Cabra da peste, no meu amigo ninguém rela a mão não. Aqui no meu companheiro do peito ocê não vai bota nem um dedo seu cabra! E só se for por cima do meu cadáver!
-Zé do bode, tu ta besta menino?!
-Tô não cabra, amigo é amigo!
Moral da história...Gumercino se limitou a beber junto aos dois e lá pelas tantas da matina, Zé do bode assoviava tonto pela cachaça e pelo soprar do assovio e o Peru ébrio só respondia Glu Glu Glu Glu...
Zé do bode chumbado e trocando as pernas, dançava e cantava cantigas do nordeste.
Foi assim que os amigos dos dois amanheceram na cadeia para tirar dois bêbado e um Peru, onde os vizinhos de ambos chamaram a policia por que não aguentavam mais tantos assobios e tantos Glus Glus nas suas cabeçasa.
E assim se passaram mais um ano novo sem o dito cujo Peru ir para a panela, que virou bichinho de estimação de dois solitários nordestinos e se diz a boca pequena que o dito cujo Peru tem sua própria cama, e um caneca onde é depositado duas dozes de cachaças depois das sete horas na noite. Dizem também que convenceram os três a frequentar o AAA.