Profissionais bem treinados, erros fatais.

Profissionais bem preparados, bem treinados e dedicados podem cometer erros fatais.

Durante os Jogos Olímpicos do Oriente, no Paquistão, surgiu uma ameaça de atentado terrorista. Para isso o governo paquistanês treinou tropas de elite, inclusive com estágios no BOPE-RJ.

Na final da competição de atletismo, ultima prova dos jogos que ocorriam sem nenhum problema, o Chefe de Estado do Paquistão resolveu descer até a pista para homenagear os atletas. Ele os cumprimentou, um a um, e seguiu em direção à tribuna de honra. Havia atiradores espalhados em todas as partes do estádio, prestando atenção a todo e qualquer movimento suspeito.

Enquanto a autoridade paquistanesa ainda caminhava, um homem às suas costas, vestido de preto e usando boné da mesma cor, sacou um revólver e antes que pudesse disparar, foi atingido com um tiro de fuzil certeiro na cabeça. Era o Juiz da prova que iria dar a partida.

Preparados para defender suas bandeiras, os atletas ouviram o disparo e iniciaram uma corrida emocionante de quatrocentos metros com barreiras. A prova foi disputada passo a passo por dois atletas, um iraniano e outro iraquiano. O corredor da casa vinha em terceiro.

Os dois atletas cruzaram a linha de chegada praticamente empatados, e o terceiro três metros depois. O fotografo oficial da prova, que foi treinado para operar aquele botão de tecnologia de ponta, espirrou logo após a passagem dos dois primeiros atletas, pressionando novamente a geringonça. Aquele botão enviava apenas a ultima foto tirada para um telão no estádio, não armazenava dados. A direção de prova, recorrendo ao telão, se surpreendeu ao ver que a foto do terceiro colocado chegando em primeiro lugar com vantagem de um corpo para o segundo ( que na verdade era o quarto ).

A essa altura o médico, que atendia o juiz baleado, escutava transmissão pelo rádio. Ao ouvir que seu irmão teria ganhado a prova se emocionou, levantou-se e abrindo o seu jaleco olhou para cima. Seus petrechos profissionais ficaram à mostra enquanto bradava em alto e bom som: - Hajh abdul ALAH! Outro disparo certeiro no homem bomba.

Marcão Bahea
Enviado por Marcão Bahea em 04/12/2010
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