NO SÁBADO TE ENCONTREI, NO SÁBADO TE MANDEI EMBORA

Tudo começara naquele almoço de sábado...
Tudo era igual como todos os outros dias sem graça de minha vida. Mas naquele dia, o destino resolveu mudar tudo. Decidiu apimentar meu dia como se fosse uma recompensa pelos vários anos de monotonice que eu sempre tivera.
E mesmo sem saber, tudo começou a partir do momento em que me sentei na cadeira daquele restaurante...
O garçom trás o cardápio, e mesmo indeciso começo a folhear o mesmo à procura de algo diferente.
Folheio aqui, folheio ali e nada... Estou indeciso ainda, mas algo rouba a minha atenção de imediato quando vejo o garçom passar pela minha mesa acompanhado de uma bujudinha de cor marrom, me interesso por ela...Como era linda e encorpada ...
Digo para o meu mais novo cupido ( o garçom ) que me interessei por aquela linda saciadora de desejos... E mesmo sem esperar, o meu cupido me pergunta se eu a queria, e sem hesitar digo que sim.
Passam-se alguns minutos e o garçom então chega com aquela que saciaria todos os meus desejos naquele momento...
Ela se põe sobre a minha mesa... Olho para ela, e inevitavelmente percebo que ela também me observa em silêncio... fico imóvel por alguns instantes, ela também...
Minhas mãos tremem enquanto seguram um dos talheres, sem me conter de tanto desejo, coloco minha boca nela sem fazer rodeios...
Sinto o sabor de sua carne... que delícia... Ela estava úmida... quente... saborosa como eu a imaginara que fosse.
O garçom novamente passa pela minha mesa e presencia o meu desejo sendo saciado pouco a pouco, me olha e sorri satisfeito em saber que me atendera com perfeição...
Termino com meu desejo, e com o dela também...
Nesse momento, ingratamente me levanto e vou embora, sem olhar para trás e sem dar satisfações a ninguém naquele recinto...
E então largo ela por sobre a mesa totalmente acabada pelos instantes maravilhosos que passamos...
Depois de alguns instantes, já longe dalí, começo a sentir algo estranho dentro de minha pessoa. O remorso começa a tomar conta de minha mente, e começo a suar frio...
Novamente minhas mãos começam a tremer, só que agora minha barriga também treme...
Dentro do ônibus, percebo que a minha inquietude é percebida por quase todos os que ali estavam... Peço a Deus que me ajude a chegar logo em casa para que assim eu possa fazer algo que aliviasse aquela pesadelo.
Minha roupa está quase toda molhada de suor frio. Desço do ônibus aos prantos, ainda lembrando daquela cena vivida no restaurante, pois ainda lembrava dela, lembrava do jeito que a conheci e ao mesmo tempo do jeito que saí de lá...
Diante de tudo isso, chego em casa e aos prantos corro para o banheiro sem mesmo fechar a porta de entrada de minha casa...
Com total destreza, tiro minha roupa com um certo toque de raiva, sento-me no vaso e mesmo sem fazer força alguma ponho pra fora aquela que ha poucas horas viera a conhecer...
Me levanto, olho para o vaso e ela está lá, ainda com a cor amarronzada...
Com raiva puxo a descarga e num último adeus digo a ela:
Vai pro inferno FEIJOADA maldita....