Preguiça
Aquele Nestor não tinha cobiça
vivia o moço agarrado a preguiça
até para beijar, a bela Andressa
ela que aproximasse a cabeça
feriado ,gozava se fosse de dia
Noite é tempo da gente dormir
Atestado e folga ele consumia
Fez cadastro para ser um faquir
Não foi por questão de higiene
Tinha mãos em descanso solene
mantinha alva a arcada simétrica
usava escova de dente elétrica
roupa secava em dormente varal
mesmo em vias de um temporal
se ouvia de longe um dúbio trovão
para ver se chovia mandava o cão
esposa por ele morria de dengo
e ele dormia, ouvindo o Flamengo
tantas vezes deixou de comparecer
e ela cansada, não quis nem saber
agora parceiro, só o que tem insônia
mas que saiba pecar e que use colônia
atento no quarto, na sala ou varanda
não quer mais dormir virada de banda