O homem e seu clone

O magnífico e maluco Doutor K inventou a tecnologia capaz de criar clones perfeitos... ou quase. O multimilionário e obstinado membro do nosso heroico empresariado, Flávio Brant Souto Maior de Melo Bragança And Soutern, pagou o justo preço pela tecnologia de duplicação. Agora sim poderia gozar a vida, viajar, ter várias amantes, enquanto o clone se estafava de trabalhar para gerir o incrível império de produção de coisas inúteis, porém altamente lucrativas,com estratégias de distribuição e publicidade, cuja descrição torna-se impossível para tão humilde escriba.

Mas ,onde estávamos nós? Ah, sim! Flávio Brant tem seu clone e agora pode realizar os seus sonhos de adolescência, sem ter que abdicar de sua nababesca fortuna. Tudo perfeito, não fosse por um golpe baixo do destino:

O Doutor K não era apenas um gênio louco, incompreendido e imitador de Deus, mas também um estelionatário urbano que tem aplicado o agora já conhecido, pelo vulgar e inconsistente nome, golpe da saidinha da personalidade. Conforme as palavras do valoroso delegado João Paulo de Souza Alves:

__Eu te vendo um clone, que é a cópia perfeita de você. Em seguida, este clone transfere todo o seu dinheiro para a minha conta em um paraíso fiscal. Aí, este clone é desligado por um dispositivo acionado por um controle remoto do meliante.Aí seu cartão de crédito é recusado na boate em Las Vegas e você descobre que caiu em mais um golpe orquestado com a mais alta tecnologia. Mas você não pode reclamar sua fortuna, porque foi dado como morto e enterrado, pois o clone em "off" simula perfeitamente o estado de um finado. E você não pode dizer que foi enganado pelo truque do clone, porque clonagem é coisa de novela.